Contrariando a recomendação do Conselho de Ética, a Câmara dos Deputados absolveu dois deputados acusados de envolvimento do escândalo do "mensalão". No ínício da madrugada desta quinta-feira (23) absolveu o deputado João Magno (PT-MG) do processo de cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar.
Ele é acusado de ter recebido R$ 426 mil das contas do empresário Marcos Valério e afirmou que o dinheiro foi utilizado para pagamento de dívidas de campanhas eleitorais em 2002 e 2004.
Votaram contra a cassação 207 deputados e a favor, 201. Houve 10 abstenções, cinco votos em branco e três nulos. O processo será arquivado.que João Magno perdesse o mandato seriam necessários 257 votos.
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Horas antes o Plenário aprovou a absolvição do deputado Wanderval Santos (PL-SP). A decisão contrariou parecer do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que recomendava sua cassação por quebra de decoro parlamentar porque seu motorista, Célio Marcos Siqueira, sacou R$ 150 mil de uma conta do empresário Marcos Valério de Souza no Banco Rural.
Do total de 444 parlamentares votantes, 179 votaram pela absolvição e 242 pela cassação. Houve 3 votos em branco e 20 abstenções. Eram necessários 257 para a cassação.
Até agora, sete deputados acusados de envolvimento no escândalo do "mensalão" foram absolvidos - apenas três dos 19 acusados perderam os mandatos. Foram cassados em função do escândalo, até o momento, Roberto Jefferson (PTB-RJ), autor das denúncias, José Dirceu (PT-SP), e Pedro Corrêa (PP-PE).
Redação Terra