O prefeito de Rolândia, Johnny Lehmann (PTB), pode ser alvo de nova Comissão Processante (CP) da Câmara Municipal a partir da próxima segunda-feira (31). Contra ele foram apontadas irregularidades no pagamento de horas extras a funcionários da Secretaria de Saúde.
De acordo com o responsável pelo pedido de abertura da CP, o professor André Nogaroto, Comissão Especial de Inquérito (CEI) concluída no final do ano passado pelo Legislativo apurou denúncias contra a gestão da Saúde no município. O reclamante alega que servidores de unidades de saúde de Rolândia ganharam horas extras em 2012 enquanto faziam campanha a favor de Lehmann, então candidato à reeleição. "Pelo menos seis funcionários passaram o cartão e, no mesmo horário em que deveriam estar trabalhando, apareceram em passeatas e eventos de campanha do prefeito. Temos imagens de seis, inclusive portando bandeiras, mas a denúncia envolve dez servidores nesta situação. Os relatórios disto foram levantados pela CEI", argumenta.
Segundo Nogaroto, até mesmo funcionários que cumpriam funções administrativas, sem necessidade de atender o público e com expediente pré-estabelecido, fizeram horas extras não compatíveis com seus cargos e apareceram em eventos eleitorais. Enfermeiros também são listados entre os servidores nesta situação.
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Procurado pela reportagem do Bonde, Lehamnn afirmou não ter conhecimento do pedido de abertura da CP. "Não fui notificado oficialmente, preciso ver do que se trata, mas não é nenhuma novidade", disse.
A CP será votada na próxima segunda-feira, durante sessão ordinária da Câmara Municipal de Rolândia. Se aprovada, pode terminar com um pedido de cassação do mandato de Johnny Lehmann.
No ano passado, o prefeito foi alvo de CP por irregularidades no Hospital São Rafael, o principal da cidade. Ele era acusado de manter convênio de aproximadamente R$ 30 milhões sem cobrar o devido atendimento médico à população. O processo, no entanto, não foi adiante e terminou sendo arquivado pelo Legislativo.