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Futuro da Sercomtel

Câmara vai analisar validade jurídica de plebiscito

Redação Bonde
14 nov 2007 às 09:58

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O grupo da Câmara de Vereadores que estuda a viabilidade da Sercomtel deve partir na próxima semana à análise de aspectos jurídicos do futuro da telefônica - entre os quais, o que trata da validade ou não do plebiscito de 2001.

Naquele ano, a votação popular rechaçou a venda da Celular, proposta pelo prefeito Nedson Micheleti (PT). Nos bastidores - e, de forma velada, em plenário - já se fala de uma eventual revogação da lei que instituiu a consulta popular como porta de entrada ao projeto do Executivo que peça autorização para venda da empresa. Os integrantes da equipe, contudo, negam que já haja posicionamento sobre o assunto.

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O próximo passo dos estudos foi delineado ontem após a reunião com contadores e com o gerente da Controladoria Financeira da Sercomtel, Celso Pozatto. Eles apresentaram ao grupo o livro-razão com a movimentação contábil da telefonia móvel, no ano de 2006, mais o desmembramento pormenorizado de balanços e balancetes.

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Segundo o presidente da comissão, vereador Sidney de Souza (PTB), os números fornecidos apontaram redução de custos corporativos e de terceirizações, mas anteciparam a previsão de prejuízo no fechamento de 2007. ''Pela análise dos dados, será algo entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões, o que impactará pelo menos 10% do faturamento bruto. É preocupante'', analisou o petebista.

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De acordo com Sidney, a etapa de análise jurídica, a ser iniciada semana que vem, verificará desde a vigência do plebiscito até a estabilidade e realocação de funcionários da Celular em caso de venda da empresa. Autor da lei do plebiscito e membro do grupo, o vereador Tercílio Turini (PPS) garantiu que ainda não há questão fechada sobre alternativas pela venda - nem mesmo, reforçou, quanto à revogação da consulta. ''Antes desse debate, temos que trazer técnicos de fora para dar uma visão mais ampla da situação'', defendeu.


A hipótese de venda da telefônica dominou o grande expediente - e acirrou os ânimos - na sessão de ontem. Líder do PMDB na Casa, Henrique Barros reiterou o posicionamento temporário do partido contra a privatização e propôs a ''redução de seis (das nove) diretorias e o arrendamento'' da Celular. ''O PMDB não quer que se vote de afogadilho uma revogação de plebiscitom; quer é que se tomem medidas de gestão que tragam economia: podiam reduzir diretorias, por exemplo, ou colocar nelas funcionários de carreira, em vez dos 80% de apadrinhados políticos. Cada um custa R$ 300 mil ao ano'', criticou.

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Sandra Graça (PP) fez coro a Barros. ''Se tem tantas empresas interessadas na Sercomtel, não acredito que ela esteja na bancarrota. Precisa é de diretores eficientes e de gastar menos.''


Por meio de sua assessoria, o prefeito Nedson disse que não se manifestaria sobre as críticas por ''desconhecer o teor do debate''.

Folha de Londrina


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