A sensação da campanha na Bahia é o candidato a governador do Partido dos Aposentados da Nação (PAN), Rogério da Luz, o Da Luz, como prefere ser chamado, de acordo com o jornal A TARDE. Ao aparecer no Horário Eleitoral da televisão de costas, sem nunca ter mostrado o rosto, com um paletó de luzes piscantes que desenham o nome 'Da Luz', virou o diferente. 'Nós só dispúnhamos de 50 segundos e tínhamos que bolar uma estratégia para passar uma mensagem séria e chamar a atenção. Não podíamos imitar Enéas. Daí nasceu a idéia de ficar de costas', diz ele.
Rogério tem 34 anos, solteiro, nasceu em Jundiaí, São Paulo, e está radicado na Bahia há sete anos. É analista de sistemas e empresário do ramo imobiliário em Porto Seguro. Diz que escolheu o PAN para filiar-se por entender que os aposentados, 'um dos segmentos mais oprimidos entre os excluídos', são grandes vítimas das injustiças oficiais brasileiras.
'Meu pai e minha mãe se aposentaram ganhando dez salários mínimos. Hoje só tenho minha mãe. Somando o salário e a pensão ela ganha seis mínimos. Fica cada dia mais pobre. Então resolvi juntar a força da juventude com a experiência dos velhos e lutar contra isso', fala, assinalando que vai votar em Lula para presidente.
Leia mais:
Lula segue lúcido e caminha e se alimenta normalmente, diz boletim
Braga Netto entregou dinheiro em sacola de vinho para plano de matar autoridades, diz Moraes
Câmara de Londrina veta transposição do Vale dos Tucanos
Investigação sobre desvios em compra de vacina da Covid volta ao STF, e PGR analisa em segredo
No começo, Da Luz pretendia ficar de costas poucos programas, não mais que três, mas afirma que o sucesso da estratégia foi tanto que ele resolveu prolongar. 'De início meus companheiros de partido acharam a idéia ridícula. Hoje todos estão convencidos de que eu estava certo', observa ele. O exemplo do sucesso, segundo ele, está nas ruas, quando sai em campanha, pela receptividade da população.
Embora nunca tenha aparecido na tevê de frente, ele é facilmente reconhecido por populares porque sempre usa o paletó com 750 lâmpadas (das que se usa em árvores de Natal) alimentadas por uma bateria que piscam também na parte da frente. Ainda não sabe se vai mostrar o rosto. Decisão que tomará dentro de uns 15 dias, mais ou menos, mas garante que se aparecer o público vai ter mais surpresas. 'Não vou dizer como para não perder o impacto, mas quem viver, verá', assegura.