Os candidatos evitam falar em continuidade de obras já iniciadas por Jaime Lerner (PFL). Nenhum deles citou o que faria com programas já existentes como o ''Da Rua para Escola'' (cestas básicas para famílias carentes que mantiverem seus filhos nas escolas) e as ''Vilas Rurais'' (destinada a bóias-frias).
Dois candidatos prometeram que irão dar continuidade ao processo de industrialização. Um deles é Padre Roque, que promete ainda dar condições para que as cooperativas agrícolas invistam na agroindustrialização e diz que implantará o Selo Paraná com premiações para os melhores produtos.
O discurso de Beto Richa é semelhante. Ele aposta na industrialização do Estado, principalmente rumo ao interior, para a geração de empregos. Entre soluções viáveis para auxiliar na geração de empregos, ele cita programas de calcário, e melhoria da sanidade animal. No entanto, não explica nenhuma delas.
Para o setor industrial, Alvaro Dias prefere apostar nas exportações, que hoje chegam a US$ 5 bilhões ao ano. Ele promete organizar os agricultores em cooperativas e associações para impulsionar a industrialização e dobrar as exportações até o final do governo. Ele diz ainda que vai instituir um Banco do Emprego e da Produção. Com isso, acredita que irá diminuir o índice de desemprego do Estado, que seria de 9,3%. Ele quer chegar a 5% até 2006, com a geração de 520 mil novos postos de trabalho.
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Para atacar o desemprego, Roberto Requião quer incentivos para as micro e pequenas empresas. Ele promete isentar todos os impostos destas empresas e garantir a retomada dos programas de financiamento com juros subsidiados. Ele diz ainda que irá implantar o Programa Primeiro Emprego.
Requião também aposta da agroindustrialização e promete a garantia de preço mínimo aos cultivos estratégicos e fundamentais para o desenvolvimento das diversas regiões. Somente não cita quais seriam os cultivos estratégicos. Diz ainda que poderá promover e estimular a criação de pequenas agroindústrias rurais.
Apenas Padre Roque fala sobre a reforma agrária. Ele promete viabilizar o desenvolvimento da agricultura nos assentamentos. ''O Estado tem que dar infra-estrutura, buscando recursos para esta gente junto ao governo federal'', diz.
» Leia mais sobre a sucessão estadual na edição deste domingo da Folha de Londrina.