Na estréia do programa eleitoral gratuito na tevê, no início da tarde desta terça-feira, os candidatos à sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) concentraram as promessas no calcanhar de Aquiles do Planalto: emprego e segurança. O tom do discursos foi ameno. Ninguém criticou o governo federal de forma mais aberta.
Não foram só os candidatos com discurso de oposição que prometeram, em linhas gerais, melhorar as condições de emprego e segurança. O candidato de FHC, o ex-ministro da Saúde José Serra também deu às áreas de trabalho e segurança status de viga mestra em seu plano de governo.
O ex-governador do Rio de Janeiro Antonhy Garotinho, do PSB, foi o primeiro a aparecer, e prometeu elevar o salário mínimo para R$ 280,00, se eleito. ''Também, como Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas, fui chamado de demagogo'', disse referindo-se às críticas que tem recebido nos últimos dias por seus adversários.
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O candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a decisão da Petrobras de construir três novas plataformas fora do País. Segundo ele, o País vai perder cerca de 25 mil empregos em três anos. ''Se eu for eleito, tudo que puder ser feito no Brasil será feito aqui.''
Já os marqueteiros de Ciro Gomes, da Frente Trabalhista (PPS-PDT-PTB) optaram por mostrar imagens do candidato e de sua namorada, a atriz Patrícia Pillar, no meio do povo. Foram citadas realizações de Ciro enquanto prefeito de Fortaleza e governador do Ceará. Não se falou de sua gestão como ministro de Itamar Franco.
Os nanicos aproveitaram o horário eleitoral para se fazer conhecer. Com pouco dinheiro para a campanha, eles apostam no espaço gratuito em rádio e televisão para pedir votos. Ousado, o candidato do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, adotou proposta de impacto. Prometeu salário mínimo de R$ 1.500,00. Já o candidato do PSTU, Zé Maria, não quer ''que o Brasil vire uma Argentina''.
O Partido da Mobilização Nacional (PMN) não participou do primeiro dia de programa. No tempo reservado ao partido, o eleitor viu apenas um fundo azul. Isso acontece no caso de o partido não encaminhar a fita à emissora. O problema também ocorreu no horário eleitoral no rádio.
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