Após ter dito na época do julgamento do mensalão que preferia morrer a ficar preso no sistema penitenciário brasileiro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esteve nesta terça-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir com o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, a necessidade de todos os Poderes trabalharem para melhorar as condições das prisões no País.
Além de presidir o STF e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Barbosa é o relator do processo do mensalão, que foi julgado no segundo semestre de 2012 pelo tribunal e resultou na condenação de 25 réus, entre os quais, os petistas José Dirceu, João Paulo Cunha e José Genoino.
"Temos péssimas condições, temos déficits de vagas", disse Cardozo. "Nós temos cada vez mais de somar esforços", afirmou. O ministro informou que mais de um R$ 1 bilhão deverá ser investido na construção de novas vagas no sistema prisional. "Temos hoje 60 mil presos em delegacias de polícia, em condições completamente inaceitáveis", declarou.
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Cardozo reconheceu que existem outros problemas no sistema, como a falta de vagas no regime semiaberto. "Estamos buscando linhas de financiamento", afirmou. "Até porque os estabelecimentos de regime semiaberto são mais baratos e rápidos de serem feitos", acrescentou.