Mais uma grave denúncia do advogado Rogério Tadeu Buratti, ex-assessor do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, quando este era prefeito de Ribeirão Preto. Segundo depoimento prestado à Polícia Civil, a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência em 2002 recebeu cerca de R$ 2 milhões das empresas que operam casas de bingo em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Segundo Buratti, os bingos de São Paulo entraram com R$ 1 milhão e os do Rio teriam contribuído com um valor similar ou maior.
As casas de bingo doaram os recursos, de acordo com o depoente, porque tinham interesse na regularização do jogo de bingo no Brasil. Um projeto com essa finalidade havia sido feito pelo ministro José Dirceu (Casa Civil), mas foi abandonado após a divulgação de um vídeo gravado em 2002 no qual Waldomiro Diniz, ex-assessor de Dirceu, pedia propina ao empresário da área de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Leia mais:
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
Bolsonaro é plano A, posso ser o plano B, diz Eduardo sobre eleição de 2026
Waldomiro foi exonerado a pedido em 13 de fevereiro de 2004 do cargo de subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência.
Como em outros casos, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, era quem recebia as doações de proprina.
Propina do lixo
Em depoimento nesta sexta-feira (19) ao Ministério Público Buratti que Palocci recebia, quando era prefeito, pagamento de R$ 50 mil por mês de empreiteiras que cuidavam do serviço de lixo na cidade.
Anteontem Buratti aceitou acordo de delação premiada que prevê redução de penas caso seja condenado e suas declarações sirvam ao Ministério Público Federal.
Ele foi preso quarta-feira (17), acusado de mandar destruir provas de negociações ilícitas de compra e venda de fazendas e de duas empresas de ônibus. Os negócios envolveriam R$ 2,6 milhões. O Ministério Público suspeita de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Fonte: Folha Online e Agência Estado