A campanha eleitoral para reeleger o prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), custou oficialmente R$ 2,88 milhões para o PFL e demais partidos que formaram a coligação Movimento Curitiba Sempre com Você. O valor foi 17% maior em relação à primeira campanha para a prefeitura, quando Cassio venceu no primeiro turno.
A maior parte do dinheiro, neste ano, foi gasta no segundo turno, após o PFL ter se sentido ameaçado e quase amargado uma derrota para o candidato Angelo Vanhoni, do PT. Vanhoni gastou R$ 1,25 milhão, também um valor bem menor que o dispensado na campanha de 1996, quando também concorreu com Cassio (leia mais nesta página).
A quantia de dinheiro que Cassio arrecadou para a reeleição será divulgada esta semana pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A juíza Elenice Bodenstein tornará público também todas as demais prestações de contas dos candidatos a prefeito e vereador, como determina a lei. Até sexta, os processos não estavam liberados para consulta.
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O coordenador financeiro da campanha de Cassio, Mário Lopes, adiantou para a Folha detalhes da prestação de contas e das doações que foram feitas para o comitê eleitoral. A maior parte dos recursos foi conseguida junto a empresas, que na somatória contribuíram com R$ 2,73 milhões.
Entre as maiores doadoras estão a Risotolândia Comércio de Alimentos Ltda com R$ 300 mil, a Tucuman Engenharia e Empreendimentos Ltda com R$ 220 mil, mais do que o dobro dado em 1996 quando foi doado R$ 100 mil. A Revepar - Revenda de Veículos do Paraná Ltda foi a terceira maior doadora com R$ 170 mil.
Lopes enfatizou que a surpresa nesta eleição foi conseguir convencer o empresariado a financiar a campanha, mas, em compensação, houve uma maior boa vontade de pessoas físicas em contribuir. O total doado pelos "amigos do prefeito" foi de R$ 152,26 mil. "Este ano foi mais difícil conseguir arrecadar dinheiro, porém tivemos doações interessantes que foram àquelas de pessoas físicas", afirmou Lopes, que foi um dos tesoureiros também da reeleição do governador Jaime Lerner (PFL), em 1998.
Ao contrário do PT (ver box), o comitê do PFL sai da campanha sem acumular dívidas e com um saldo mínimo de campanha. Segundo um dos contadores da comitê David Favretro sobraram pouco mais de R$ 1 mil. "O saldo ficará depositado no banco à disposição do TRE. O dinheiro só volta para o partido quando o TRE aprovar toda a prestação de contas", explicou. No início do processo eleitoral, o partido tinha declarado que gastaria no máximo R$ 3 milhões.
Campanha de Cassio Taniguchi
arrecadação: R$ 2.887.457,23
despesas: R$ 2.886.369,60
saldo de campanha: R$ 1.087,63
doação de pessoa física R$ 152.263,67
doação de pessoa jurídica R$ 2.735.193,56
MAIORES DOADORAS
Risotolândia Comércio de Alimentos R$ 300 mil
Tucuman Engenharia e Empreendimentos R$ 220 mil
Revepar - Revenda de Veículos do Paraná R$ 170 mil
Campanha de Angelo Vanhoni
arrecadação: R$ 479.405,00
despesas: R$ 1.250.000,00
dívida de campanha: R$ 770.000,00
MAIORES DOADORAS
Vega Engenharia e Empreendimentos R$ 100 mil
Editora Nona Didática R$ 60 mil
Inepar Participações R$ 20 mil
Diretório Nacional do PT R$ 150 mil
Fonte: coordenação das campanhas do PT e PFL