O governador Roberto Requião (PMDB) e o prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), adversários políticos, estão em pé de guerra. A promessa de campanha de Requião, de derrubar as cercas em volta do Palácio Iguaçu, a sede do governo paranaense, está esbarrando na jurisdição da Prefeitura de Curitiba, responsável pela mão-de-obra e pelos custos de colocação das grades, que ficam em um terreno do município.
As cercas estão na Praça Nossa Senhora de Salete, onde estão localizadas as sedes dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. A prefeitura já avisou que vai exigir uma solicitação formal de Requião à Secretaria de Meio Ambiente de Curitiba, antes que a remoção dos cerca de 410 metros (somente a parte em volta do Palácio) seja iniciada. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, Cassio ainda não recebeu nenhum pedido.
As grades - de 2,2 metros de altura - foram colocadas em volta da praça no final de 1999, a pedido do então governador Jaime Lerner (PFL), depois que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ficou acampado seis meses no local, exigindo agilidade do poder público nos assentamentos. Outro episódio, há dois anos, ampliou as cercas, erguidas em volta do Tribunal de Justiça (TJ) e da Assembléia Legislativa.