O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes, candidato à corrida presidencial pelo PPS, anunciou, em Guarapuava, que pretende "nacionalizar" a Copel, caso consiga se eleger no próximo ano. Segundo ele, a estatal de energia precisaria ser comprada pela União. Segundo Ciro Gomes, o Estado não teria condições de executar a operação, por questões financeiras.
A assessoria da Secretaria da Fazenda avalia que a nacionalização esbarraria em dificuldades técnicas. Ciro Gomes veio ao Paraná para cumprir agenda política, incluindo contatos com lideranças em Curitiba, Guarapuava e Foz do Iguaçu, onde acontecem novas filiações. Na Capital, ele criticou o programa de privatizações do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e atacou os outros candidatos da oposição à sucessão presidencial.
"As privatizações no setor elétrico levaram ao colapso. A privatização é um remédio para ser usado conforme a doença", avaliou. Sobre o candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luis Inácio Lula da Silva, Ciro Gomes disse que falta experiência administrativa. "Há 15 anos no processo, ele recusou oportunidades de ser ministro ou secretário". O candidato do PPS disse ainda que falta ao governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PSB), capacidade de articular.
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Ciro Gomes defendeu a união das oposições e centro-esquerda. No Paraná, a oposição trabalha com a possibilidade de uma união para as eleições do próximo ano. O candidato do PPS ao governo, deputado federal Rubens Bueno, acompanha o presidenciável nas viagens pelo Paraná. Bueno disse que tem conversado com lideranças da oposição, segundo ele, em busca de unidade.
Segundo Rubens Bueno, a escolha de um possível candidato único das oposições tem que ser avaliada "de acordo com o momento". Para ele, o cenário vai mudar com as eleições no PT (marcadas para este domingo), fim do prazo para filiações (outubro) e com a data limite para integrantes do governo que serão candidatos se descompatibilizarem (abril).