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Ataque

Com discurso racista, Mario Frias diz que ativista negro precisa de um bom banho

Redação Bonde com Folhapress
15 jul 2021 às 16:27
- Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
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O secretário especial da Cultura do governo Bolsonaro, Mario Frias, postou um comentário racista direcionado a um ativista negro.


O assessor da Presidência Tercio Arnaud Tomaz reproduziu uma chamada do site Brasil247 com foto do ativista e título "Jones Manoel diz que já comprou fogos para eventual morte de Bolsonaro".

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Tomaz comentou: "Quem caralhas é Jones Manoel?". Mario Frias então respondeu: "Realmente eu não sei. Mas se eu soubesse diria que ele precisa de um bom banho." Jones é um homem negro, com cabelo estilo black power e barba.

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Jones Manoel é um historiador pernambucano, estudioso da obra do intelectual italiano Domenico Losurdo, que impressionou Caetano Veloso pela sua crítica ao liberalismo.

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"Não é surpresa no governo Bolsonaro a presença de figuras abertamente racistas e que flertam -ou são abertamente também- com o fascimo ou nazismo. Jair Bolsonaro enquanto deputado tem um histórico de várias declarações racistas", afirma Manoel. "O governo Bolsonaro é um governo racista [...] e que acolhe sem nenhum problema essas figuras racistas. E o Mario Frias se sentiu à vontade para fazer isso."


Após repercussão negativa, Frias tentou se justificar, associando sujeira com a militância comunista de Manoel e não com o cabelo black power -apesar de que no post anterior Frias tenha dito que não conhecia o ativista. "Toda pessoa suja precisa tomar banho e não existe pessoa mais suja do que aquela que deseja e celebra a morte de um Chefe de Estado democraticamente eleito enquanto louva um genocida como Stalin." ​

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Jones rejeita o rótulo de guru de Caetano, um dos principais artistas brasileiros. "Não sou guru de ninguém, nem dos meus sobrinhos. Meu sobrinho torce pelo Santa Cruz e eu sou Náutico", diz o responsável por, nas palavras do cantor e compositor, torná-lo menos "liberaloide", disse o historiador à Folha no ano passado.


O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, afirmou nas redes sociais que "se alguém disser algo do cabelo Black Power dele [Jones Manoel], o mundo vem abaixo. Mas tudo bem ele desejar a morte de Jair Bolsonaro. Entendem por que digo que a cor da pele não importa, assim como cabelo? O sujeito é preto, porém um lixo como ser humano. Não tem caráter nem decência moral!".

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Camargo foi responsável por um expurgo de livros do acervo da fundação considerados esquerdistas ou imorais. Segundo ele, nenhum livro será descartado, mas doados.


A gestão de Frias tem acumulado polêmicas, críticas de morosidade e falso moralismo.

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A última diz respeito a um parecer negativo para captação de recursos de um festival de jazz na Bahia. O parecer, que deveria ser técnico, vinha carregado de referências religiosas e apontava como motivação da negativa uma postagem antiga em que o festival se apresentava como antifascista.


O escritor Paulo Coelho depois se prontificou a bancar o evento e os partidos de oposição pediram à Procuradoria-Geral da República que ele fosse investigado por perseguição político-ideológica.

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Após receber críticas pela decisão, o secretário foi ao Twitter com ameaças de processar jornalistas e até o youtuber Felipe Neto, que o chamaram de lambe-botas e otário.


Nas redes sociais, os internautas acusam Frias de racismo e chegou a ser o quarto assunto mais comentado no Twitter.

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O Twitter bloqueou a publicação por violar as políticas da empresa


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