O juiz Sérgio Rolanski, da 2ª Vara Criminal, pretende interrogar hoje, a partir das 13h30, os oito denunciados pelo Ministério Público por envolvimento no atentado contra o prédio da Promotoria de Investigações Criminais (PIC) em Curitiba, incendiado em 29 de dezembro do ano passado. Parte da casa que abrigava a Promotoria foi destruída, além de documentos e informações sobre o crime organizado no Estado.
As investigações em torno do caso estavam sob a responsabilidade da Divisão de Narcóticos (Dinarc). O caso passou para o Ministério Público, e na sexta-feira passada, dia 9, a promotora Cláudia Martins entregou a denúncia do Ministério Público à Central de Inquéritos. A denúncia foi então encaminhada à 2ª Vara.
Foram denunciados pelo MP o segundo-tenente da Polícia Militar, Alberto Santos Silva; o policial Edson Clementino da Silva ("Lambe-Lambe"); o taxista Alexsandro Ribeiro; o advogado Antônio Pellizzetti; o segurança Marco Aurélio Pinho; o sargento Ademir Leite Cavalcante; o discotecário Emerson Vieira e o policial civil Mauro Canuto. Desses, cinco estão presos (o tenente Alberto Silva, o "Lambe-Lambe", Alexsandro Ribeiro, Ademir Cavalcante e Emerson Vieira).
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Até o final da tarde de ontem, o policial civil Mauro Canuto e o advogado Antônio Pellizzetti não tinham sido presos pelo Gerco (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado). Eles tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça no dia 9. Segundo o chefe de operações do Gerco, tenente Elias de Souza, dez homens estão envolvidos na operação, que conta com o apoio das polícias Civil e Militar.
O secretário chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, disse ontem que o governo do Estado praticamente definiu o novo local que abrigará a PIC - provisoriamente instalada em um prédio na rua Tibagi, região central. O secretário preferiu não divulgar o local, até que tudo esteja resolvido. Segundo ele, o governador Jaime Lerner (PFL) manifestou intenção de utilizar uma casa que pertence ao governo. De acordo com o secretário da Administração, Ricardo Smijtink, está sendo analisada também a possibilidade de alugar um imóvel. Entretanto, o preço teria que ficar dentro das expectativas do governo.