Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Conselho acusa falta de R$ 3 mi no Fundef

Denise Angelo - Folha do Paraná
22 fev 2001 às 12:37

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Ponta Grossa é mais um dos municípios do Paraná que enfrenta denúncias sobre o mau uso dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). Na semana passada, a Folha revelou que oito municípios do Estado foram citados no relatório final da Comissão de Educação da Câmara, que investigou o assunto. São eles: Adrianópolis, Arapongas, Antonina, Colombo, Goioerê, Mandirituba, Pontal do Paraná e Salto da Lontra.

Ponta Grossa não está na lista, mas o conselho que fiscaliza a aplicação dos recursos do Fundef está acusando a falta de R$ 3 milhões na conta da educação. Segundo os conselheiros, a administração de Jocelito Canto (PSDB) deixou de depositar no fundo R$ 2,2 milhões. E mais: a atual administração, de Péricles Mello (PT), também já estaria em débito com o fundo, devendo cerca de R$ 800 mil.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O secretário municipal de Finanças, Roberto Barbosa, discorda da posição dos conselheiros. Segundo ele, no mês de janeiro a administração passou à educação R$ 1,4 milhão, enquanto deveria ter passado apenas R$ 800 mil. "Pagamos a folha de dezembro e os encargos sociais dos professores com recursos próprios da prefeitura e, por isso, o repasse que fizemos foi além do que determina a lei", justifica Barbosa. Mas o conselho rebate dizendo que recursos de um ano não podem ser utilizados para pagar contas do ano anterior.

Leia mais:

Imagem de destaque
Transição

Gerson Guariente avalia que o Orçamento de 2025 será difícil de ser realizado por Tiago Amaral

Imagem de destaque
Água no chope do pobre

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 só ocorrerá com condições fiscais, dizem Lira e Pacheco

Imagem de destaque
Veja como participar

Código de Posturas será debatido em audiência pública na Câmara de Londrina

Imagem de destaque
Processo arquivado

Kassio rejeita notícia-crime de Boulos contra Tarcísio no TSE por fala sobre PCC


Diante da polêmica, o secretário de Finanças resolveu convocar um reunião com os conselheiros, que deve acontecer na próxima sexta-feira. "Está havendo um choque na interpretação da lei", diz Barbosa, que pretende convencer os conselheiros de que a atual administração está cumprindo a lei.

Publicidade


O diretor administrativo da Secretaria Municipal de Educação, João Douglas Gonçalves, explica que a grande divergência está no pagamento do INSS dos professores. "O valor do INSS fica retido diretamente em Brasília, não chega às contas da prefeitura. Mas o conselho não está considerando esses valores", afirma. Segundo ele, a prefeitura inclui o valor retido para pagamento de INSS nos cálculos que faz para destinar 25% da arrecadação para a educação. Já o conselho não estaria contabilizando esses valores e por isso denunciando o "furo" nas contas da educação.


Quanto à denúncia de utilizar recursos de um ano para pagar gastos do ano anterior, Gonçalves diz que a prefeitura tinha duas opções: usar o dinheiro dessa forma ou deixar os funcionários da educação sem salário. "Isso não quer dizer que nós estejamos em desacordo com a lei", defende-se. Para ele, essa foi a maneira mais sensata que a secretaria encontrou para não cometer injustiças. "Fizemos o que era ético, moral e justo."

O diretor diz ainda que o departamento jurídico da prefeitura está fazendo um estudo sobre a lei e que o departamento de finanças, juntamente com os técnicos da Fundação Getúlio Vargas, que estão auditando as contas da prefeitura, deve fazer um levantamento sobre a situação real do Fundef na cidade. "Isso não nos coloca sob condenação da lei, ao contrário, mostra que estamos buscando informações para não errar", diz Gonçalves.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo