O Conselho de Ética da Câmara deve votar nesta semana mais dois processos de cassação de deputados envolvidos no escândalo do mensalão: o do ex-presidente da Casa João Paulo Cunha (PT-SP) e o do ex-líder do PP Pedro Henry (MT).
Ainda nesta semana, deve ser lido o parecer do relator sobre um terceiro deputado, João Magno (PT-MG). A votação desse caso, porém, deve ficar para a próxima semana.
João Paulo é apontado como destinatário de R$ 50 mil do esquema de Valério. Membros do conselho afirmam que, no parecer, pesará contra ele o fato de ter dito inicialmente que sua mulher esteve no Banco Rural para pagar uma conta de TV a cabo.
Leia mais:
Pimenta diz não ver necessidade por ora de afastamento de Lula da Presidência após cirurgia
'Tenham orgulho da sua cidade', afirma Tiago Amaral, prefeito eleito de Londrina
‘Londrina é uma cidade impressionante’, diz prefeito Marcelo Belinati
Lula evoluiu bem à cirurgia, está estável e conversa normalmente, dizem médicos
O ex-presidente da Câmara se defende dizendo que o dinheiro foi usado para pesquisas em Osasco, e não como caixa dois de campanha, e que foi disponibilizado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. João Paulo afirma que não sabia a origem do dinheiro e que achou que ele tivesse sido contabilizado pelo partido.
Já contra Pedro Henry depõem afirmações de líderes do PP, coletadas em depoimentos recentes, de que ele participava das reuniões para negociar a aliança do partido com o PT, que resultaram nos repasses de R$ 4,1 milhões, segundo cálculo de Valério. O PP admite só R$ 700 mil.
Já a defesa de Henry reclama que a única acusação contra ele é a palavra do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que o apontou como um dos destinatários dos repasses do "mensalão".
Fonte: Folha Online