A polêmica envolvendo a erradicação de 16 árvores, principalmente ipês-rosas, no entorno da Câmara de Vereadores de Londrina durante a obra de reforma ganhou um novo capítulo. A Regional Planejamento Construções Civis, responsável pelo serviço, contestou a multa de pouco mais de R$ 28 mil que foi aplicada pela Sema (Secretaria Municipal do Ambiente). Foi R$ 1,7 mil por cada árvore cortada sem autorização ambiental. “Também foi lavrado o auto de infração no valor de R$ 2 mil por erradicar árvores em final de semana”, informou o município, por meio de nota.
No entanto, o diretor da empreiteira garantiu à FOLHA que seguiu fielmente o projeto que foi elaborado pela prefeitura. “É um projeto que a prefeitura fez, junto com a Câmara. Além da reforma geral no prédio, resolveram intervir nas áreas de estacionamento, porque o número de pessoas que frequentam cresceu em relação à data de inauguração do prédio”, destacou José Pedro da Rocha Neto.
O engenheiro também afirmou que os arquivos disponibilizados pelo poder púbico londrinense indicam o replantio de novas árvores, que serão colocadas, inclusive, nos mesmos pontos. “O paisagista indicou a colocação de árvores da mesma espécie, que vamos pegar no horto florestal. A prefeitura só pode licitar a obra depois que todos os projetos estão prontos, entendidos e qualificados. Para nós estava tudo certo”, rebateu.
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A empresa vai recorrer da sanção do município. “Sentimos um ar de injustiça por parte da prefeitura. Sempre fomos empreiteiros bons e, pelo jeito, são os empreiteiros ruins que para eles são bons, renovando contrato e dando aditivo. Embora a multa seja em cima de nós, a prefeitura multou o projeto elaborado por ela mesma, em consonância com a Câmara. Isso é uma loucura”, classificou.
Sobre a infração pelo trabalho aos fins de semana, Rocha rebateu. “Recebemos uma solicitação verbal da prefeitura e da Câmara se poderíamos agilizar para entregar em julho ou agosto do ano que vem para a classe política se beneficiar e não a outra gestão. Por isso, temos trabalhando dia e noite, domingos e feriados, inclusive, arcando com o custo do expediente maior e horas extras”, reclamou. A ordem de serviço foi assinada em setembro, com prazo de execução de 15 meses, ou seja, final de 2024.
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