Parte da estratégia do governo do Estado para manter o processo de privatização da Copel na Justiça depende de outras estatais já privatizadas. A defesa do Palácio Iguaçu está fazendo um estudo sobre os 23 processos de venda de companhias estaduais de energia que foram questionadas na Justiça.
"Estamos nos preparando na esfera jurídica, onde teremos muito trabalho. Todos os 23 casos de privatização anteriores ao da Copel estão sendo estudados, já que muitos deles geraram jurisprudência", diz o secretário-chefe da Casa Civil, Alceni Guerra.
O propósito é estudar pontos fracos e fortes das decisões que possam ser aproveitados nas argumentações do governo. A oposição avisou que pretende impetrar ações na Justiça para barrar o leilão da Copel, previsto para ocorrer no dia 31 de outubro.
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Guerra afirma que a venda era necessária para eliminar um déficit de R$ 100 milhões mensais nas contas do governo. O dinheiro é gasto com aposentadorias dos 83 mil servidores aposentados. Cerca de 70% da virtual venda da Copel será destinada para capitalizar o novo fundo de previdência do funcionalismo.
"Os futuros governadores vão encontrar uma situação muito melhor do que agora", garante Guerra. Sobre os impactos na imagem do governo, o secretário reconhece que a administração Jaime Lerner (PFL) enfretará problemas. "Era a única saída para reestruturar a previdência. Às vezes, você tem que tomar atitudes impopulares para ser reconhecido lá na frente."