O deputado Nelson Justus (PTB) aguarda decisão do governador Jaime Lerner (PFL) para voltar - ou não - à Secretaria dos Transportes. Titular da pasta desde janeiro deste ano, quando deixou a presidência da Assembléia Legislativa, Justus foi exonerado pelo governador na quinta-feira passada e reassumiu sua cadeira no Legislativo, apenas três horas antes da votação.
O motivo da mudança foi a falta de confiança da liderança do governo no voto de seu suplente, Aparecido Custódio da Silva (PFL), em seguir as orientações do Palácio Iguaçu e votar contra o projeto popular que revogava a autorização concedida ao Estado para vender a Copel. O projeto foi derrubado na noite de segunda-feira.
"A decisão cabe ao governador. Se ele quiser, eu volto (para o Executivo). Senão, fico aqui mesmo, onde me sinto em casa", resumiu Justus. A oposição recorreu ao Regimento Interno e alegou que Justus não poderia ter votado na sessão que derrubou o projeto popular, porque quem estava com o mandato era Custódio da Silva.
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Justus e a bancada aliada interpretaram de forma diferente. "O dono do mandato sou eu. Posso reassumir quando quiser", disse Justus. O petebista garantiu que não guarda mágoas da oposição. "Durante uma votação como essa, é normal que alguns extrapolem. Mas não sou de guardar mágoas de ninguém". Custódio perdeu a imunidade parlamentar. Ele está sendo investigado pelo Ministério Público, por suspeita de ter se apropriado de parte dos salários de seus funcionários durante seu mandato como vereador em Curitiba (1993-99).