O presidente nacional do PT, José Genoíno, fez coro ao relator da CPI do Banestado, José Mentor (PT), que determinou a suspensão das investigações e a indisponibilidade de diversos documentos. Genoíno disse que é mais importante a CPI se ater às investigações que geraram a CPI, em 2003.
''Não se pode quebrar sigilo em bloco, sem ter os indícios de irregularidades. Acho que o erro foi quebrar tantos sigilos em bloco. Acho que essa quebra de sigilo tem que ser lacrada, praticamente anulada do ponto de vista de investigação e nós cuidarmos daquelas que geraram o início da CPI'', disse Genoíno.
Ele esteve em Curitiba na noite de sábado, onde acompanhou o candidato do PT à prefeitura, Ângelo Vanhoni, em um comício na periferia, ao lado do governador Roberto Requião (PMDB), que apóia a candidatura petista.
Genoíno aproveitou para defender seus colegas de partido, que chegaram a ser suspeitos de vazarem informações sobre a CPI. ''Ninguém do PT vazou nada. O PT tem a total confiança nos seus membros. Nem o Mentor que é o relator. Ele tem tido uma postura muito discreta e séria. É estranho que todos os grandes vazamentos tinham entrevista do presidente da CPI do lado'', disse, referindo-se ao presidente da CPI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT).
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No âmbito regional, Genoíno dividiu o palanque com um aliado, o governador Roberto Requião, que nos últimos meses tomou medidas que vão de encontro à política do governo federal, entre elas a transformação do Paraná em área livre de transgênicos e o pedido de inconstitucionalidade dos leilões para concessões das áreas com reservas de petróleo.
''Esse é um governo que ajudamos a eleger, estamos comprometidos com o sucesso desse governo, que é de aliança. Acho que nessa questão específica das plataformas a Petrobras está correta. É uma empresa forte, multinacional, essa política de concessão fortalece a Petrobras, e temos todas as respostas para a sociedade''. Genoíno minimizou os atritos e defendeu a política de alianças, especialmente com o PMDB.
Da Folha de Londrina