O advogado criminalista Antônio Pellizzetti, que teve o nome incluído na listagem da CPI Nacional do Narcotráfico, disse ontem que vai processar todos os parlamentares que assinaram o relatório final da comissão por danos morais por causa da inclusão do seu nome entre os indiciados por envolvimento com tráfico de drogas, furto, desmanche de veículos, extorsão, corrupção passiva e ativa. "Eles pensam que colocando o meu nome vão me intimidar, mas não vão. O governador e o ex-secretário de segurança podem ter se acovardado durante a passagem da CPI por aqui. Eu não me acovardei, nem vou", declarou ele.

Pellizzetti argumentou que foi citado na CPI Nacional por ser advogado de proprietários de desmanches de veículos roubados de forma imprópria. Ele afirmou que nunca defendeu donos de desmanches na área criminal. Apenas Adélio de Jesus Becker, na área civil. "O advogado deles era o Renato Crovador", lembrou ele.

O advogado disse que irá fazer uma representação à Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília, para pedir providências. "Como vou continuar advogando, tendo o nome citado entre os possíveis beneficiados com o tráfico e o desmanche de veículos", questionou ele, ao lembrar que defende dois policiais acusados de envolvimento com o narcotráfico: Edimir da Silveira e Edson Clementino da Silva.