O relatório da CPI do Narcotráfico mostra que é em Foz do Iguaçu (na região Oeste do Estado) que se lava o dinheiro do crime organizado no Paraná. E, em Ponta Grossa, que se concentra o maior número de pessoas e empresa sonegam ou não declaram seus rendimentos. Já em Curitiba, é que estão situadas os principais desmanches. "A presença do narcotráfico está bem distribuída no Estado e seus integrantes estão instalados em potntos estratégicos do Paraná", avaliou o deputado Padre Roque Zimmermann.
O trabalho de lavagem do dinheiro acontecia em casas de câmbio na fronteira com o Paraguai. Pelo o que apurou a CPI, as empresas Serve-ten, Ortega Turismo, Rota-tur, Aruama Turismo, Coan e Itaipu Câmbio e Turismo (todas de Foz do Iguaçu) legalizavam o dinheiro do tráfico, com operações de compra e venda de dólares para fins turísticos.
Para os parlamentares, as investigações nessa cidade precisam ser aprofundadas. No relatório, os deputados se queixam que os principais depoentes - testemunhas e suspeitos a serem inquiridos - deixaram de comparecer quando chamados, alegando problemas médicos ou então fugiam da cidade.
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Essa mesma dificuldade foi encontrada em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais. Na cidade, o delegado geral, Emílio Wzorek, e seu filho, Cassio Denis Wzorek, foram afastados da função. A mulher de Emílio, Iracilda Roksa Wzorek, também foi investigada. Mas o trabalho foi prejudicado pelo grau de ação da família. Um dos pontos que precisa ser apurado é o envolvimento da família com o transporte de drogas, por meio da Transavião Transportes Rodoviários e Cargas Ltda.