A comissão parlamentar de inquérito sobre os gastos com cartões corporativos será mista, ou seja formada por deputados e senadores, segundo informou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-PE).
Depois de conversa com o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) Jucá disse que resolveu apoiar a CPI mista e desistiu de apresentar o requerimento. Segundo ele, a decisão foi tomada porque a proposta do deputado prevê investigações a partir de 2001, podendo retroagir a 1998, incluindo as chamadas contas tipo B.
Na semana passada, o senador Romero Jucá prometeu apresentar hoje (11) um requerimento para a criação de uma CPI no Senado sobre o assunto. Ele garantiu já ter 22 das 27 assinaturas necessárias, e afirmou que caso integrantes da oposição se recusem a assinar o documento, a base do governo terá número suficiente para a instalação da CPI.
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"Já estamos com 22 assinaturas confirmadas. Na segunda-feira (11) apresento novamente com 27, com a base do governo pedindo a CPI. Sem problema. Não é isso que irá barrar a investigação", disse na sexta-feira (8).
A oposição sempre defendeu uma CPI mista, formada por deputados e senadores, e apenas para investigar os gastos com cartões corporativos do governo a partir de 2001.
Na sexta-feira, o vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), começou a coleta de assinaturas para a CPMI. No primeiro dia, seis senadores assinaram o documento.
"O que queremos é investigar cartões corporativos, que é algo novo", disse na ocasião o senador.
A divulgação dos gastos com cartão corporativo acabou provocando o pedido de demissão da então ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. Ela pagou despesas pessoais com o cartão corporativo.
Agência Brasil