O deputado federal Max Rosenmann (PMDB) comprou uma briga com donos de cartório de protesto de títulos, um dos mais rentáveis do setor levando-se em conta fatores como, por exemplo, o tamanho da cidade.
O deputado apresentou na semana passada um projeto de lei proponto a extinção dos cartórios de protesto em todo o País.
A matéria ainda não entrou na pauta do Congresso, mas no Paraná, que mantém cerca de 165 cartórios deste gênero, já virou polêmica.
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Rosenmann alega que os donos de cartórios de protesto estão enriquecendo sem oferecer em troca serviços de qualidade à população.
O deputado sugere que órgãos privados detentores de cadastros de clientes inadimplentes, como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e o Serasa, assumam a função a preços mais em conta. ''Os donos de cartório de protesto estão ganhando muito. São frequentadores de cassinos e seus filhos andam de Ferrari.''
O deputado afirma que há cartórios de protesto, em cidades maiores, que movimentam algo em torno de R$ 2 milhões ao mês.
''Estou criando um clima para discutirmos o assunto em Brasília'', vai avisando o deputado. Os donos de cartórios reagem e negam que os valores sejam tão altos. Entretanto, não informam o quanto movimentam ao mês.
Carlos Gross, diretor do Instituto de Protestos do Paraná, diz que o número de títulos protestados por dia em Curitiba diminuiu muito, se comparado com a década passada.
''Há 10 anos, eram protestados mil títulos por dia, em média. Hoje, são 350.'' Ele diz ainda que 70% dos títulos protestados atualmente no Paraná envolvem pequenos valores, incidindo taxas menores.
O presidente do instituto diz ainda que acabar com os cartórios de protesto pode ser uma medida perigosa.