O deputado Irineu Colombo (PT), presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, afirmou ontem que o maior problema no setor é a distribuição de diplomas. Ele garantiu que 30% dos alunos formados de ensino médio e fundamental (até o segundo grau) são analfabetos funcionais, ou seja, são semi-alfabetizados.
"Tenho casos registrados de pessoas que não conseguem escrever uma carta de 22 linhas", declarou o deputado. O motivo principal seria a proliferação de cursos supletivos com diplomação sem a necessidade da presença de professores em sala de aula.
O sistema teria começado em 1996. "A intenção do Estado parece simples. Diminuir a taxa de analfabetismo. Mas apenas em dados numéricos. A população continua sem ensino, sem educação", afirmou. A cobrança indevida de taxas e descontos com vale-transporte foram discutidos na audiência pública. A auxiliar de serviços gerais Maria Luisa Ferreira de Mello, de 50 anos, recebe R$ 156,01 por mês. Ela teve um desconto de R$ 4,68 na folha de pagamento por receber vale-transporte. No entanto, garantiu que não recebeu nada. "Estão descontando o que não existe", denunciou.
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Estudantes da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes) fizeram um manifesto e entregaram uma carta aos deputados estaduais. Entre as reivindicações estão a revogação da resolução do porte escolar (3651/2000), da demissão de professores (246/2001) e da alteração da grade curricular (247/2001). O manifesto pede ainda a exoneração da secretária de Educação, Alcyone Saliba.