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Deputados estaduais devem antecipar férias em uma semana

Mariana Franco Ramos - Grupo Folha
05 dez 2016 às 17:40

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- Pedro de Oliveira/Alep
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Com poucos projetos governamentais pendentes de análise, os deputados estaduais devem antecipar as férias parlamentares em uma semana. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (5) pelo líder da situação na Assembleia Legislativa (AL) do Paraná, Luiz Cláudio Romanelli (PSB), e pelo próprio presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB). A ideia é começar a votar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2017 depois de amanhã e concluir os trabalhos já na semana que vem.

"Os poderes e o Ministério Público tinham até o dia de hoje para refazerem os seus orçamentos com base na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias]. Se possível, na quarta-feira (7) a Comissão de Orçamento faz a sua reunião e já votamos [a LOA] em primeiro turno. Aí na segunda ou na terça-feira votamos em segundo turno, concluindo o processo legislativo", disse Romanelli.

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O regimento interno da AL prevê a realização de sessões de 2 de fevereiro a 22 de dezembro. "Se nós conseguimos votar a Lei Orçamentária, dia 14 encerramos (…) Normalmente, quando se encerra todo o processo de votação, é assim", completou Traiano.

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Assim, duas mensagens encaminhadas recentemente pelo governador Beto Richa (PSDB) com pedido de regime de urgência ficariam para o ano seguinte - a 559/2016, que extingue o Centro de Convenções de Curitiba (CCC) e o Serviço Geológico do Estado (Mineropar), e a 56/2016, transferindo para a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura (Agepar) as ações de fiscalização do serviço de saneamento básico, hoje sob responsabilidade da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).

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Mais cedo, em entrevista coletiva, o presidente da AL contou que ajustaria com a oposição a questão das duas proposições – o líder da bancada, Requião Filho (PMDB), havia criticado a forma de tramitação. O tucano também falou que não existe a expectativa de encaminhamento de novas matérias em 2016, uma vez que não há mais tempo hábil para analisá-las.


"O presidente ficou de me dar uma resposta e estudar melhor a pauta. Ele tem dito que não vai colocar projetos no afogadilho. Isso, se for feito, será muito bom para a Casa, pois teremos chance de debater a propostas", opinou o peemedebista. "As medidas vieram com pedido de urgência, que é constitucional. O governador que fez a solicitação. Mas eu reconheço que há uma interpretação do regimento que permite supor que não é possível o trâmite, quando se trata de matéria de ordem tributária, [por conta da] não observância dos 20 dias anteriores ao término da sessão legislativa. É um tema complexo e poderá suscitar alguma demanda judicial (…) Provavelmente ficarão para o ano que vem; vamos tramitá-las de forma regular", afirmou Romanelli.

O deputado Tercílio Turini (PPS) também viu com naturalidade a antecipação do recesso. "Durante o período que estou aqui, sempre se encerra por volta de 15 ou 16 [de dezembro], o que seria semana que vem. Não teria problema algum se tivéssemos sessões além, para vencer a pauta. Mas vejo com tranquilidade porque o governo não vai botar para votar matérias polêmicas, que eu vi até pela imprensa, de reajuste ou a questão da previdência", comentou. Para Tadeu Veneri (PT), o que tinha de mais polêmico de fato já foi aprovado, "que era a retirada do reajuste dos servidores públicos. Infelizmente isso já foi", lamentou.


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