Em um passo fundamental para a reaproximação entre Brasil e Estados Unidos, os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama terão um encontro reservado no Panamá na próxima semana, onde estarão para a 7ª Cúpula das Américas. Da reunião pode sair a definição da data da visita que Dilma pretende fazer a Washington ainda neste ano.
Dilma desistiu de realizar uma visita de Estado - a mais elevada no protocolo americano - e optou por uma visita de trabalho, de caráter mais informal. Se preferisse o primeiro formato, teria de esperar até 2016, já que o calendário da Casa Branca para esse tipo de evento está carregado neste ano. O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o presidente da China, Xi Jinping, serão recebido nos próximos meses.
Também havia um problema de agenda, com poucos anúncios de peso a serem feitos pelos presidentes em um encontro carregado de formalidade e simbolismo, no qual está incluído um jantar black-tie na Casa Branca para dezenas de convidados. "A visita de Estado eleva as expectativas a um patamar que é inalcançável nas condições atuais", avaliou o diretor do Brazilian Institute do Wilson Center, Paulo Sotero.
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O encontro dos dois presidentes no Panamá deve ser anunciado oficialmente nesta semana. Os EUA estão empenhados em reconstruir as pontes com o Brasil, depois do estrago provocado pela revelação de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) espionou comunicações de Dilma, da Petrobrás, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de cidadãos brasileiros. Dilma reagiu com o cancelamento da visita de Estado que faria a Washington em outubro de 2013. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.