Durante o lançamento da campanha nacional de filiação do PSDB em Maceió, o presidente do partido, senador Aécio Neves, criticou nesta sexta-feira, 14, a chamada Agenda Brasil, conjunto de propostas apresentado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), ao governo. Aécio chamou as propostas de "ações midiáticas" e disse que elas não foram discutidas "nem na base do governo".
"Temo muito essas ações midiáticas que geram determinada expectativa e depois têm como consequência uma enorme frustração. Seria mais adequado que o presidente do Senado discutisse antes com seu colega presidente da Câmara", disse Aécio.
O tucano comentou ainda o ato de apoio à presidente Dilma feito ontem no Palácio do Planalto com a presença de movimentos sociais. Para ele, "a presidente está sitiada" e o "Palácio do Planalto se transformou em um comitê de apoio".
Leia mais:
Gerson Guariente avalia que o Orçamento de 2025 será difícil de ser realizado por Tiago Amaral
Isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 só ocorrerá com condições fiscais, dizem Lira e Pacheco
Código de Posturas será debatido em audiência pública na Câmara de Londrina
Kassio rejeita notícia-crime de Boulos contra Tarcísio no TSE por fala sobre PCC
Aécio disse que o "o Brasil assistiu com perplexidade" as declarações do presidente da CUT, Wagner Freitas, que falou em seu discurso em "ir para as ruas entrincheirados de armas na mão".
"Quero dizer ao presidente da CUT que nós não vamos nos entrincheirar. Vamos levar para as ruas a Constituição, que é nossa única arma", disse Aécio, criticando ainda o fato de a presidente não ter contestado a fala do sindicalista.
O candidato derrotado do PSDB em 2014 sinalizou que vai participar das manifestações contra o governo no próximo domingo, mas não disse em qual local. Segundo aliados, o mais provável é que Aécio vá ao protesto em Belo Horizonte ou Brasília.
TSE
Sobre o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da ação do PSDB contra a chapa liderada por Dilma na eleição de 2014, Aécio disse que o partido aguarda o resultado sem fazer "prejulgamentos". "O PSDB não escolhe desfechos para a crise e não faz prejulgamentos." O julgamento foi interrompido ontem depois que o ministro Luiz Fux pediu vista da ação.