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Dirceu desiste de processar sociólogo que o criticou

Bonde, com informações da Agência Brasil
04 dez 2003 às 17:04

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O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, desistiu de interpelar judicialmente o sociólogo e um dos fundadores do PT, Francisco de Oliveira, que o criticou publicamente durante palestra, em novembro, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

José Dirceu pretendia processar Francisco de Oliveira depois de tomar conhecimento que o sociólogo teria afirmado, durante a palestra, que o ministro havia deixado para trás sua história política e teria se tornado um político "safado" no desempenho de suas ações no governo federal.

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Francisco de Oliveira enviou ao ministro correspondência, em resposta a um pedido de esclarecimentos da Casa Civil, na qual enfatiza que, em nenhum momento durante a palestra, quis desrespeitar a imagem de José Dirceu.

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"Afirmo categoricamente não ter tido intenção alguma de injuriar a pessoa do ministro José Dirceu em que já votei para presidente do Partido dos Trabalhadores. Como militante do PT, estimo como meu dever ser extremamente crítico com meus companheiros que estão no exercício do poder", afirma o sociólogo na correspondência.


Fracisco de Oliveira admite ter dito que "o político, no exercício do governo, por vezes deixa de manter-se no mesmo tom de sua história política, pretende alcançar seus objetivos usando a formas que não lhe são próprias". Nesse contexto, o sociólogo também admite ter afirmado que um líder "da importância de José Dirceu parece com qualquer político safado no Brasil". O sociólogo ressalta, porém, que a frase foi infeliz e permite ilações "maldosas". "Pretendi dizer que é preciso manter a nitidez das ações para não ser confundido", enfatiza Francisco de Oliveira.

Com a correspondência enviada pelo sociólogo, o ministro José Dirceu preferiu dar o caso por encerrado, ao invés de levar adiante a ação na Justiça. Francisco de Oliveira também optou por amenizar as suas palavras e esclarecer suas acusações, e encerra a carta enfatizando que o ministro José Dirceu "não é nem pode ser tido como safado ou espertalhão e, por isso, não pode ser confundido com políticos desse jaez".


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