O grupo de oito deputados do PT que preferiu se abster na votação da reforma da Previdência divulgou nesta quarta-feira um documento justificando a decisão.
Os parlamentares afirmaram que o partido precisa "preservar sua tradição, história e trajetória".
Os parlamentares reconhecem que praticaram um ato de indisciplina, já que a orientação do partido era pelo voto favorável à matéria. Eles argumentam que não votaram contra a Reforma para evitar rompimento com o Governo ou com o PT; também não votaram favoravelmente porque o texto contém pontos dos quais discordam, como a contribuição de aposentados e a redução do valor das pensões. Os parlamentares também criticaram o horário de votação do texto e o exíguo prazo para discussão da matéria.
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Os parlamentares divergentes informaram que não querem deixar o PT e vão lutar internamente para que a decisão que tomaram seja compreendida. "Não vamos sair do PT. Vamos continuar. Se vier alguma punição, vamos reagir para anulá-la", afirmou a deputada Maninha (DF).
Além dos deputados Ivan Valente e Maninha, o grupo é composto ainda pelos deputados João Alfredo (CE), Orlando Fantazzini (SP), Chico Alencar (RJ), Walter Pinheiro (BA), Paulo Rubem Santiago (PE) e Mauro Passos (SC).
O líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino, informou que a "transgressão disciplinar" dos oito deputados será analisada pelo diretório nacional. Ele já se declarou, no entanto, contrário à pena de expulsão.
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Informações da Agência Câmara