A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, se reuniram na manhã desta quinta-feira, 11, para tratar da multiplicação dos episódios de agressão entre eleitores que vêm ocorrendo em todo o País, em meio à polarização que opõe Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) neste segundo turno.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve se pronunciar ainda nesta quinta-feira sobre o tema.
A reportagem apurou que a PGR está preocupada com os episódios de ódio e violência que se espalham pelo Brasil e com a disseminação de fake news, que atingem inclusive a imagem da Justiça Eleitoral.
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O caso mais extremo de violência ocorreu em Salvador, horas após a votação em primeiro turno. Depois de se envolver em uma discussão na qual defendia o candidato petista, o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, conhecido como Moa do Katendê, de 63 anos, foi assassinado a facadas dentro de um bar. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, o autor das facadas tinha chegado ao local gritando o nome do candidato do PSL.
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, não quis se manifestar sobre as agressões entre eleitores ao chegar para a sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) desta tarde. Em pronunciamento em rede nacional exibido no último sábado, 6, Rosa pediu que "retornem ao dicionário de nossa vida cívica palavras como diálogo e tolerância".
"Somos uma sociedade plural, o que nos enriquece como povo. É legítimo e saudável que todos exerçamos nossas escolhas, observadas as regras do jogo democrático, mas o façamos com olhos de ver quem pensa diferente de nós como alguém que merece respeito. Como nós merecemos respeito", afirmou Rosa na véspera do primeiro turno.