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Presidente da Câmara

Eduardo Cunha diz que pedido de afastamento contra ele é peça teatral

Agência Brasil
29 dez 2015 às 15:23

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- Reprodução
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse nesta terça-feira (29) que o pedido de impeachment apresentado contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é uma peça teatral. Para ele, trata-se também de peça política e não jurídica.

Cunha disse que analisou as 190 páginas do pedido e escreveu cerca de dez páginas rebatendo os argumentos apresentados. O procurador-geral citou 11 fatos que comprovariam que Cunha usa o cargo de presidente da Casa para intimidar parlamentares e para práticas ilícitas.

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Em um café da manhã de fim de ano com jornalistas, o presidente da Câmara avaliou que o processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff deve ser concluído até o fim de março na Câmara dos Deputados. Se vier a ser aprovado, seguirá para avaliação do Senado.

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Para ele, mesmo que o governo coloque em dia os atrasos de pagamento aos bancos públicos, rejeitados pelo Tribunal de Constas da União (TCU), isso não provocará mudanças no andamento do processo.

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Segundo Cunha, um dos principais argumentos considerados para aceitação do processo pela Câmara são os decretos emitidos este ano pelo governo em desacordo com a Lei Orçamentária.


"A gente não considerou nada que tenha ocorrido no mandato anterior e a aceitação se deu pelos decretos emitidos este ano em desacordo com a Lei Orçamentária. Não é o pagamento das pedaladas de 2011 a 2014 que altera a realidade de o decreto ter sido emitido em desacordo com a Lei Orçamentária", disse.

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Em sua decisão para abertura do processo, Cunha argumenta que Dilma assinou decretos com créditos suplementares, em que aumentou os gastos federais deste ano em descumprimento da Lei Orçamentária anual e sem a aprovação do Congresso Nacional.


Ontem (28), o secretário interino do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, disse que o governo pretende pagar, ainda este ano, os passivos apontados pelo TCU relativos a atrasos nos repasses a bancos públicos e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

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Eduardo Cunha respondeu a perguntas sobre o cenário político e econômico do país e também sobre sua atuação na presidência da Câmara. Ele disse ter segurança de que vai cumprir na totalidade seu mandato como parlamentar e na presidência da Casa.


Sobre o processo contra ele no Conselho de Ética, o presidente da Câmara disse que se trata de um "processo de natureza política, que tem que ser enfrentado".


Ao falar sobre a relação do governo da presidenta Dilma Rousseff com o PMDB, Eduardo Cunha, afirmou que um dos maiores pontos de reclamação do partido é o fato de os parlamentares nunca terem sido chamados para participar de questões como a formulação de políticas econômicas.

"Na verdade, nós não fomos chamados para nada. Essa é a grande queixa. Somos responsáveis pelas consequências políticas e econômicas e não somos responsáveis pela sua formulação. O PMDB só foi chamado para apoiar no Congresso aquilo que o governo entende que é o melhor", disse Cunha.


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