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Educação está na mão de políticos

Maria Duarte - Folha do Paraná
10 mai 2001 às 10:01

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O presidente da APP-Sindicato (Associação dos Professores do Paraná), Romeu Gomes de Miranda, criticou a escolha de chefes de núcleo regionais de educação (NRES) por apadrinhamento político. No Paraná, os chefes de núcleos são indicados por deputados aliados ao governo. A prática vem de longa data e é considerada imoral por Miranda. "Prejudica o desempenho dos núcleos. Parece que é curral eleitoral. O chefe de núcleo acaba tendo comprometimento com o político que o indicou e não com a educação, que não é assunto para político profissional", disparou.

Segundo o sindicalista, o chefe de núcleo acaba fazendo a política que interessa ao governo. "Ao longo do tempo, isso é ruim e nefasto". No entanto, a secretária da Educação, Alcyone Saliba, não se opõe a indicações dos deputados porque, na sua avaliação, não prejudicam as unidades de ensino. Ela acredita que o "sistema de escolha" tem funcionado porque os apadrinhados dos parlamentares cumprem os requisitos exigidos pela secretaria.

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"Quando assumi a pasta (janeiro de 1999) soube que o sistema era esse e tomei uma decisão: além de entender de educação e de estar em total sintonia com a política da secretaria, precisa ter jogo de cintura", explicou Saliba. Ela disse que todos têm que atender aos critérios pedagógicos, gerenciais e políticos para ocupar o cargo.

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Segundo a secretária, um terço dos 31 chefes de núcleo no Paraná tem alguma especialização em gestão educacional. "A maioria das indicações tem o currículo com grande respaldo", garantiu.

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Saliba avalia que a interferência dos deputados não compromete a educação. "Os chefes também precisam ter capacidade de articular, de fazer costuras políticas. E costura política não é politicagem", argumentou. Ela não nega a existência de eventuais problemas. "Quando vejo problemas nos núcleos, levo a reclamação ao deputado", resumiu. Miranda retrucou alegando que pelo menos parte dos problemas poderia ser evitada se as indicações para os NREs fossem feitas por um colegiado composto por professores e pais.


O secretário dos Transportes e ex-presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (PTB), indicou os chefes das metropolitanas norte e sul de Curitiba. A chefe do núcleo de Curitba foi indicada pelo ex-presidente da Assembléia Aníbal Khury, morto em agosto de 1999.

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Justus disse que os escolheu porque são pessoas competentes e lembrou que algumas indicações são ratificadas por diversos deputados, que escolhem um nome de consenso. "Além de entender de educação, eles precisam ter bom trânsito e saber acalmar os ânimos. O magistério é um sacerdócio, e os chefes de núcleos têm que resolver problemas e reclamações da mesa forma que a secretária", disse o petebista.


São três chefes de núcleos na Região Metropolitana de Curitiba:

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Curitiba - Clemência Ferreira Ribas. Foi indicada pelo ex-presidente da Assembléia Legislativa Aníbal Khury, morto em agosto de 1999. Clemência é professora, pedagoga, membro do Conselho Estadual de Educação, presidente do Conselho de Magistério. Tem pós-graduação em metodologia do ensino fundamental e médio. Ela já foi chefe do núcleo da Capital de 1987 a 89, e assumiu novamente em 1995.


Metropolitana Norte - Creusa Santos Borges, indicada pelo atual secretário dos Transportes e ex-presidente da Assembléia Nelson Justus (PTB). Foi professora, diretora de escola, tem especialização em educação de jovens e adultos e em educação especial para portadores de deficiência mental. É sua segunda gestão como chefe de núcleo (desde 1995, primeiro governo Lerner).


Metropolitana Sul - Belmiro Floriani, também indicado por Nelson Justus. Professor, ex-diretor e ex-secretário de escola, foi chefe do núcleo de Curitiba de 1983 a 1986. Está em sua segunda gestão à frente da Metropolitana Sul (desde 1995). Tem pós-graduação em metodologia do ensino fundamental e médio.

Fonte: Secretaria da Educação


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