De olho nas eleições municipais do ano que vem, o prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), deu início a uma ofensiva para garantir apoio ao seu grupo.
Afilhado político do ex-governador Jaime Lerner, do mesmo partido, Cassio está preocupado com o avanço das articulações do PMDB e do PT, que cobiçam a Prefeitura de Curitiba.
A estratégia de Cassio começou a ganhar forma anteontem com a oferta de uma secretaria municipal ao deputado estadual Mauro Moraes (PSC).
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A meta é impedir que o PSC que está votando a favor do governador Roberto Requião (PMDB) na Assembléia Legislativa fique definitivamente do lado do governo.
O convite foi feito por Cassio é tentador. Ele deu a Moraes a livre escolha de secretaria e a possibilidade de criar uma nova pasta.
''O prefeito me prometeu poder'', disse Moraes, mostrando-se bastante dividido durante a entrevista coletiva, nesta terça-feira.
''Ele me pegou de surpresa. Pedi um tempo para pensar'', desabafou.
Moraes, que fez 45 mil votos na eleição passada, espera dar uma resposta ao prefeito até o final desta semana.
Cassio afirmou, através de sua assessoria, que fez o convite a Moraes por considerá-lo uma peça importante na política local.
''Ele sempre foi aliado da prefeitura enquanto vereador'', frisou a assessoria do prefeito.
Não por coincidência, Moraes é um dos nomes cotados para ser candidato à sucessão do pefelista em 2004.
Se Moraes aceitar o convite de Cassio, terá que deixar a Assembléia. Nesse caso, quem assume é o suplente Fábio Camargo, genro do conselheiro Rafael Iatauro, do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
E enquanto a oposição ao governador se organiza, a situação também briga por espaço.
O líder do governo na Assembléia, Angelo Vanhoni (PT), convidou vereadores e deputados com base eleitoral na Capital para um café da manhã em sua casa, na quinta-feira.
No cardápio, eleições municipais. Vanhoni, nome natural do PT para a sucessão de Cassio, disse que o encontro vai analisar o cenário da disputa eleitoral.
O petista preferiu não demonstar preocupação com a postura incisiva do PMDB, de lançar candidato próprio em todos os 399 municípios do Estado o que serve de prenúncio para atritos com o PT, suporte do governo Requião.
Ele aposta em um acordo futuro entre os partidos.
Também são possíveis candidatos o deputado federal Gustavo Fruet (PMDB), Marcos Isfer (PPS), Rubens Bueno (PPS), Rafael Greca (PFL) e Luciano Pizzatto, também do PFL.