A Eleição Municipal 2024 de Londrina contou pela primeira vez com intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), visando uma maior acessibilidade para os eleitores com deficiência auditiva.
Para além da adição do intérprete de Libras, as eleições ainda contam com uma coordenação de acessibilidade para as pessoas que possuem algum tipo de deficiência ou até mesmo mobilidade reduzida. A ação engloba um auxílio para os eleitores e também para os mesários voluntários.
Em 2024, o TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) implementou um treinamento para mesários com deficiência, com os principais objetivos de combater o capacitismo e ampliar a visibilidade da participação de PcDs (Pessoas com Deficiência) no processo eleitoral.
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No Colégio Estadual Pe. Wistremund R. P. Garcia, Hiuri Felipe de Correia, cadeirante e mesário voluntário pela primeira vez, diz que percebeu que as pessoas com deficiência não tinham um lugar de protagonismo no processo eleitoral, o que o motivou a participar.
"O que eu pensei primeiro foi em exercer a cidadania de outra forma, sem ser só votando, e também quis mostrar que é possível que a pessoa com deficiência esteja do outro lado da mesa também, não só como eleitor, mas também como alguém que serve à Justiça Eleitoral e ao país", explica.
O mesário passou pelo treinamento e está localizado na seção especial do colégio, onde teve acesso a adaptações para sua deficiência, como uma mesa maior.
De acordo com o TRE-PR, ao todo, Londrina conta com 73 mesários com deficiência espalhados pelos colégios eleitorais e cinco intérpretes de Libras trabalhando na Escola Municipal Norman Prochet e nos colégios Universitário e Pe. Wistremund R. P. Garcia.
As seções eleitorais contam com coordenadores de acessibilidade, que analisam as necessidades das pessoas com deficiência e buscam o melhor jeito de daptar os ambientes e garantir o voto, além de ser importante para a comunicação. "A importância dessas ações e essa equipe nas eleições é a de mostrar que as pessoas com deficiência podem se socializar e estar aqui como todos os outros, é uma forma de abrir caminhos para os outros."
O Colégio Estadual Vicente Rijo, além de contar com coordenadores de acessibilidade, também adaptou todo o ambiente para que todas as seções sejam localizadas no térreo, tirando os obstáculos como as escadas.
"A nossa função é auxiliar, a gente não aborda as pessoas, só perguntamos se eles precisam de ajuda e auxiliamos com o que for necessário", conta a coordenadora de acessibilidade Karen Araújo, que continua destacando que a ação é importante para que os PCDs sintam que são vistos e que existem pessoas dispostas a ajudar e ter esse cuidado com suas necessidades.
*Sob supervisão de Fernanda Circhia
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