A um ano do fim do prazo para o registro dos que concorrerão nas eleições de 2026, em maio do próximo ano, o cenário da disputa começa a ser desenhado no Paraná. Os movimentos e as articulações indicam um embate entre o grupo liderado pelo governador Ratinho Junior (PSD), o grande vencedor das eleições municipais do ano passado, e o senador Sergio Moro (União Brasil), que aparece em primeiro nas pesquisas de intenção de voto divulgadas até agora.
Sinalizações de que o embate será inevitável vêm sendo dadas por Ratinho Júnior em entrevistas e com mudanças no governo. Em março, o governador exonerou o secretário do Trabalho, Mauro Moraes, filiado ao União Brasil e ligado a Moro. Moraes voltou ao cargo de deputado estadual e quem assumiu em seu lugar foi outro filiado ao União, o também deputado Do Carmo – que discutiu publicamente com Moro em agosto do ano passado. Apoiadores do ex-juiz da Lava Jato também estão perdendo cargos em escalões inferiores do governo.
Na terça-feira (20), em entrevista à rádio Jovem Pan, o governador garantiu que seu candidato ao governo será do PSD, descartando apoio a outro partido na disputa pelo Palácio Iguaçu. “É o meu compromisso, é o que eu quero. Não é só ser do PSD, é continuar um método que deu certo.”
Leia mais:

Vereadores aprovam emenda que limita acúmulo salarial na Prefeitura Londrina

Projeto quer impedir acesso ao crédito para quem comete violência de gênero

Com protesto nas galerias, Câmara de Londrina aprova PL do acúmulo salarial

Prefeitura quer encerrar atividade de carroceiros, doar cavalos e indenizar trabalhadores
Cinco nomes disputam a bênção de Ratinho Junior: o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi; o ex-prefeito de Curitiba Rafael Greca, atualmente secretário do Desenvolvimento; o secretário das Cidades, Guto Silva; o secretário da Infraestrutura, Sandro Alex; e o vice-governador Darci Piana.
Para analistas ouvidos pela FOLHA, a força eleitoral de Sergio Moro dependerá do apoio integral da federação União Progressista, formada pelo União Brasil e pelo PP e oficializada no início do mês. Moro precisaria vencer uma disputa interna no União, que no Paraná tem uma ala comandada pelo deputado federal Felipe Francischini, e atrair para a campanha o líder do PP no estado, o deputado federal Ricardo Barros – quem vem ensaiando a candidatura da ex-governadora Cida Borghetti.
“Sob a possível coordenação do Ricardo Barros, um dos políticos mais experientes em eleições e bastidores no Paraná, é uma chapa que tem boas chances de fazer frente ao grupo do governador”, diz o cientista político Gabriel Marcondes de Moura, especialista em Gestão Pública e Comunicação Eleitoral. Ele aposta que, caso haja segundo turno em 2026, será entre Sergio Moro e o escolhido por Ratinho Junior. “A oposição hoje é mais articulada pelas franjas do governo do que pela oposição propriamente declarada.”
CONTINUE LENDO NA FOLHA DE LONDRINA
