Salários de R$ 16 mil, viagens, moradia e despesas médicas custeadas pelo Estado. Esses são alguns dos benefícios a que têm direito os deputados federais e senadores brasileiros. Em outubro, todas as vagas da Câmara (513) e dois terços das do Senado (54) serão disputadas nas urnas. Nas capitais dos Estados, outras centenas de cadeiras nas Assembleias Legislativas também estarão disponíveis em condições nem tão atrativas, mas invejáveis para a grande maioria dos brasileiros.
Na Câmara dos Deputados, os salários brutos são de R$ 16.512. E os parlamentares têm uma cota para custear as despesas dos gabinetes que varia de acordo com seu Estado de origem. No caso do Paraná, cada deputado federal tem mensalmente à sua disposição um total de R$ 29.154. Neste valor, podem ser incluídas despesas com passagem aéreas, combustível, telefone, correios e consultorias, por exemplo.
Quando estão em Brasília, eles não pagam para morar ou pagam e têm o valor do aluguel ressarcido em até R$ 3 mil. A Câmara conta com 432 apartamentos funcionais, mas a metade está em reforma. Por isso, só cerca de 215 deputados moram nesses imóveis. Ou demais alugam apartamentos ou quartos de hotéis e são ressarcidos pela Câmara.
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Cada deputado pode contratar de 5 a 25 assessores com uma verba mensal de R$ 60 mil. Suas despesas médicas, com exceção dos tratamentos estéticos, são ressarcidas pela Casa.
O salário no Senado é o mesmo. A verba do gabinete é menor: R$ 15 mil, mas, além disso, os senadores têm direito a cinco passagens aéreas para suas cidades. E ainda tem um carro e um motorista à sua disposição.
As informações do Congresso Nacional foram repassadas à reportagem pelas assessorias de imprensa das duas casas, mas na Assembleia Legislativa do Paraná, a Folha Norte não conseguiu obtê-las. E teve de recorrer ao deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB). Segundo ele, os salários dos deputados estaduais são de R$ 12 mil, a verba para contratar assessores é de R$ 30 mil e cada gabinete tem R$ 27.500 para custear suas despesas mensalmente.
De acordo com a Organização Não-Governamental (ONG), Transparência Brasil, a dificuldade em obter informações nas assembleias legislativas não é exclusividade do Paraná. "No ano passado, pedimos oficialmente essas informações às assembleias dos 27 Estados, mas só três responderam", conta o coordenador de projetos da ONG, Fabiano Angélico.