Um dia depois de sair o resultado das eleições, os aliados do governador eleito, senador Roberto Requião (PMDB), arregaçaram as mangas e já estão articulando a construção de uma base de apoio de pelo menos 30 deputados na Assembléia Legislativa.
Hoje, num cálculo estimado, Requião está em minoria na Casa: 26 dos 54 deputados. O bloco de oposição tem 28 parlamentares. Mesmo antes de assumir o Palácio Iguaçu, Requião vai precisar de sustentação na Casa para mexer no orçamento de 2003, elaborado pela equipe de Jaime Lerner (PFL), mas que vai valer para sua administração.
O vice de Requião, deputado estadual Orlando Pessuti (PMDB), disse que deputados de vários partidos estão sendo procurados para compor com Requião, mas não adiantou nomes. Nesta segunda-feira pela manhã, Pessuti esteve reunido com o presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PSDB), que já declarou apoio ao governador eleito. Ficou acertado que a discussão do Orçamento -cuja relatoria está nas mãos do atual líder governista, Durval Amaral (PFL)- começará nos próximos dias. A votação, porém, deve ocorrer só em dezembro. ``Queremos arrematar o orçamento com a cara do programa do Requião``, explicou Pessuti.
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O empecilho enfrentado pelo PMDB está nos correligionários do senador Alvaro Dias (PDT), o candidato derrotado ao governo do Estado. As bancadas do PDT, PPB e PTB devem fazer oposição cerrada a Requião. Como eles somam 13 parlamentares, podem criar obstáculos, através de emendas e críticas no plenário.
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