O governador Roberto Requião (PMDB) afirmou nesta terça-feira que vai usar dinheiro do caixa do Estado para investir nas obras que o governo federal não puder arcar financeiramente. O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, confirmou nesta terça-feira em Paranaguá que os investimentos no setor dependem de parcerias com o governo estadual. O ministério está revendo quais serão as prioridades para este ano e cancelou 111 licitações que estavam em andamento em todo o Brasil.
O ministro recebeu nesta terça-feira uma relação de obras prioritárias no Paraná. Mas apenas duas rodovias devem receber verba federal. O secretário de Estado dos Transportes, Waldyr Pugliesi, informou que entre as prioridades estão a conclusão da Estrada da Ribeira (BR-476); a pavimentação da Estrada Boiadeira (BR-487); a restauração da BR-163, entre Marechal Cândido Rondon e Guaíra; da BR-116, na divisão do Paraná com Santa Catarina; e da BR-153, entre Santo Antonio da Platina e Ibaiti.
Pugliesi havia informado na segunda-feira que o governo estadual quer recuperar a Estrada da Boiadeira e a PR-090, entre Curitiba e Londrina, para servirem como alternativa às rodovias pedagiadas. Não há previsão de liberação de recursos para nenhuma das obras. ''Mas os recursos que já estavam previstos no orçamento da União para 2003 devem ter mais facilidade para chegar'', relatou. Nessa situação encontram-se as verbas para a recuperação da Estrada da Boiadeira e para o asfaltamento da Estrada da Ribeira, que devem receber R$ 30 milhões neste ano do Ministério dos Transportes.
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Requião disse que atualmente o governo estadual não tem capital para investir na recuperação de estradas, mas que a situação deve mudar em breve. ''Quando acabarmos com as terceirizações do antigo governo, vamos ter recursos. Muito dinheiro era gasto com isso'', afirmou.
Pugliesi disse que também apresentou ao ministro a situação do pedágio no Paraná. O secretário já afirmou algumas vezes que ''ou as tarifas baixam ou acabam''. No entanto, Pugliesi não quis revelar o conteúdo da conversa. ''Houve avanços, mas são discussões que fazemos com muita cautela'', explicou.