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Ex-funcionário do Palácio nega envolvimento com grampos

Redação - Folha do Paraná
10 mai 2001 às 21:35

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O ex-funcionário do Palácio Iguaçu Gilberto Maria Gonçalves admitiu na CPI da Telefonia que trabalhou na campanha para prefeito de Londrina, em 1996, mas negou que tenha feito grampos para prejudicar adversários do então candidato Antonio Belinati. Gonçalves disse que fez apenas manutenção da central telefônica do comitê do PFL e que era exonerado do governo do Estado sempre que era chamado para trabalhar em comitês eleitorais.

O deputado José Maria Ferreira (PSDB) levou documentos à sessão da CPI da Telefonia mostrando denúncia de crime eleitoral cometido por funcionários do governo do Estado em 1996, por uso de veículos oficiais do Palácio Iguaçu na campanha para prefeito de Londrina, quando Belinati foi eleito.

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Os deputados lembraram ainda que Gonçalves foi detido em Londrina na época da eleição. Ele disse que estava colocando propaganda em um poste. Admitiu que fazia panfletagem nas ruas de Londrina. Ferreira disse que Gonçalves colocou dados, como o número de identidade, errado na ficha que preencheu no Hotel Galli, em Londrina.

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Gonçalves refutou declarações do cabo Jordão e negou a existência de uma sala onde seriam feitas escutas telefônicas no 4º andar do Palácio Iguaçu. Disse que era responsável pelo sistema de telefonia do Palácio e trabalhava em uma sala no primeiro andar.

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Gonçalves reclamou que foi afastado de seu trabalho e que que o cabo Jordão não foi. "Estou com aluguel atrasado e tive que emprestar dinheiro para pagar contas de água e luz. E não tenho advogado porque não tenho condições de pagar".


A CPI deu prazo de 24 horas para que Gonçalves apresente a fita de vídeo onde gravou trechos de um comício do deputado Ângelo Vanhoni (PT), candidato derrotado à Prefeitura de Curitiba. Gonçalves disse que estava apenas como eleitor.


A comissão se reúne hoje para definir quando serão convocados Guelmann e o chefe da Casa Militar, coronel Luis Antônio Borges Vieira. A ex-secretária da Administração Maria Elisa Paciornik também será chamada. Em outubro de 1999, ela denunciou grampo em seu gabinete. O advogado dos dois policiais militares, Peter Amaro de Sousa, terá que apresentar as provas de grampos que alega ter.

Leia mais sobre o assunto na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta sexta-feira


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