A Polícia Civil vai aguardar o resultado de um exame de DNA que deve ser divulgado hoje para confirmar se o corpo carbonizado encontrado no último domingo em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba, é mesmo de um vereador do município, Adão Valdir Carvalho (PTN), 47 anos.
Os indícios de que Carvalho seja a vítima são fortes, já que ele está desaparecido desde sábado e o corpo, irreconhecível, estava dentro de seu carro queimado.
O caso está sendo investigado pela delegacia de Fazenda Rio Grande, município vizinho. Nesta segunda-feira, a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) informou que o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) também vai ajudar na apuração do crime.
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Segundo o superintendente da delegacia, Valdir Bicudo, o corpo foi encontrado por volta das 10 horas de domingo, na localidade de Mato Branco dos Carvalhos, a aproximadamente 15 quilômetros de Mandirituba. ''Uma agricultora que passava pelo local viu o carro queimando e chamou a polícia'', conta. No porta-malas do veículo, uma Belina que ainda estava em chamas, os policiais verificaram que havia os restos carbonizados de uma pessoa.
Os indícios de que a vítima poderia ser o vereador apareceram quando foi verificado que a Belina pertencia a ele. E aumentaram depois que familiares de Carvalho afirmaram que ele estava desaparecido havia um dia. ''Mas só poderemos confirmar essa informação quando recebermos o resultado de um exame de DNA que será feito no corpo'', disse Bicudo. Apesar disso, a polícia interrogou nesta segunda-feira oito pessoas ligadas a Carvalho, incluindo familiares e amigos.
De acordo com os depoimentos, o vereador teria saído de sua casa por volta das 11h30 de sábado. ''Ele portava cerca de R$ 1 mil em dinheiro que usaria para pagar algumas contas e comprar brindes para um bingo que aconteceria na cidade'', contou o superintendente. ''A hipótese de assalto não está descartada, mas trabalhamos também com outras possibilidades'', acrescentou Bicudo. Apesar de menos provável, a polícia não descarta também que tenha ocorrido um crime político.
Folha de Londrina