O Fórum Popular Contra a Venda da Copel vai promover um debate sobre o preço mínimo e a modelagem para privatização da estatal de energia. Como o preço mínimo da empresa deve estar definido no final deste mês, a organização do Fórum, que engloba cerca de 300 entidades e câmaras municipais no Estado, planeja o seminário "Quanto vale a Copel?" para agosto. Devem participar do evento integrantes do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias. Conselhos Regionais de Economia e Conselhos de Engenharia, Arquitetura e Economia também vão questionar a modelagem contratada pelo Palácio Iguaçu.
O Fórum quer discutir ainda como capitalizar a ParanáPrevidência, o fundo de pensão dos servidores públicos, sem precisar privatizar a Copel. A redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da energia é uma das propostas.
A versão do governo estadual para justificar a venda é que os recursos são necessários para capitalizar o fundo de pensão e aposentadorias dos servidores públicos, que precisa de aproximadamente R$ 5 bilhões (R$ 1,9 já foram injetados com a antecipação dos royalties da usina Binacional de Itaipu). O governo do Estado planeja publicar o edital de privatização no dia 31 de agosto, onde estará fixado o preço minímo da empresa e a modelagem para a venda. Dois consórcios foram contratados para preparar a empresa para o leilão: o Booz Allen & Hamilton (que vai receber R$ 749 mil pelo serviço de avaliação) e o Consórcio Diamante (R$ 543 mil, mais comissão de êxito de 0,16% pela modelagem) .
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O governador Jaime Lerner (PFL) pretende levar a Copel a leilão em outubro ou novembro. A meta é privatizar a empresa em bloco único (geração, transmissão e distribuição). A avaliação do secretariado de Lerner é que, dessa maneira, será possível conseguir melhor preço no leilão.
A bancada de oposição na Assembléia Legislativa briga pela aprovação de um projeto de iniciativa popular que revoga a autorização concedida em 1998 para o Executivo vender a empresa. Os deputados oposicionistas alegam que o objetivo do governo é cobrir rombos de caixa.