O governador do Rio de Janeiro e candidato à presidência da República, Anthony Garotinho (PSB), foi vaiado na Assembléia Legislativa do Paraná. Garotinho veio, a convite do Legislativo, falar sobre "Política Econômica e Social no Brasil".
Quando o governador chegou à mesa executiva, as lideranças pedetistas que estavam nas galerias vaiaram Garotinho. Ele rebateu: "Enquanto eu pedia o impeachment do (ex-presidente) Fernando Collor, o partido do (Leonel) Brizola o apoiava." Mesmo sendo a última semana de trabalhos no Legislativo e com a pauta carregada, Garotinho falou por cerca de meia hora, e a sessão teve que esperar.
O governador avalizou a filiação do deputado estadual Hidekazu Takayama, que assinou ontem no PSB, deixando o PST. Garotinho criticou a política energética do governo federal, que culminou com a crise do sistema de energia elétrica do País. "Foi um fracasso", resumiu, argumentando que, com as privatizações, não foram feitos novos investimentos. Sobre a venda da Copel, Garotinho preferiu não polemizar e disse que cabe aos deputados estaduais decidirem. Mas garantiu que a orientação partidária é contra as privatizações.
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A postura do partido coloca em posição desconfortável a bancada do PSB - Ricardo Maia, Moysés Leônidas e Takayama - que faz parte da base de sustentação ao governador Jaime Lerner (PFL) na Assembléia e, portanto, deve votar a favor da venda. Takayama disse que Garotinho "saberá respeitar as questões regionais". O governador fluminense reafirmou que o partido é contra a venda e que a discussão cabe às bases, mas respeitando as orientações.