A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembléia Legislativa, que investiga irregularidades na Companhia Paranaense de Energia (Copel), deve tomar nesta terça-feira, pela manhã, o depoimento do ex-secretário de Governo de Londrina, Gino Azzolini Neto.
Os deputados querem esclarecer a negociação da venda de 45% das ações da empresa telefônica municipal Sercomtel, para a Copel, em 1998, que envolveu R$ 186 milhões.
''Entre outras coisas, queremos saber sobre a aplicação dos recursos e como isso aconteceu'', disse o presidente da comissão, deputado Marcos Isfer (PPS).
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O deputado quer avançar a investigação partindo das declarações do ex-presidente da Sercomtel, Rubens Pavan, e do ex-secretário da Fazenda, Luiz César Guedes, prestadas à CPI na semana passada, em que afirmaram que Azzolini Neto poderia esclarecer a distribuição e aplicação dos recursos.
Em entrevista concedida à Folha no último dia 4, Azzolini Neto afirmou que iria colaborar com a comissão, mas que não teria nada a acrescentar as investigações.
''Quem é responsável pela operação de venda, antes do dinheiro entrar no caixa da prefeitura, era o Rubens Pavan, presidente da Sercomtel. Depois que entrou no caixa, esses recursos foram geridos pelo senhor Guedes'', argumentou.
Também foi chamado a depor, o servidor aposentado da Copel, Alceu Adalberto Fardin.
Além da transação com a Sercomtel, a negociação com a Olvepar S/A Indústria e Comércio, também deverá ter avanços nesta terça-feira com o depoimento do representante da massa falida para o Paraná, da Olvepar, Antônio Carlos Brasil Fioravante.
O advogado e administrador da Rodosafra Logística e Transportes Ltda, Luiz Sérgio da Silva, também foi chamado a prestar esclarecimentos.
''Queremos detalhes sobre algumas transações econômicas da época, por que alguns valores foram depositados em contas bancárias diferentes e um depósito de R$ 1,2 milhão que não foi identificado'', concluiu Isfer.