Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Cutucada

Gleisi não tem experiência nem liderança, diz tucano

BBC Brasil
08 jun 2011 às 14:36

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O presidente do PSDB, o deputado federal Sérgio Guerra (PE), disse nesta quarta-feira à BBC Brasil que a nova ministra-chefe da Casa Civil, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), não tem os atributos necessários para assumir a vaga deixada na terça-feira por Antonio Palocci.

"A ministra nomeada não tem nem a experiência, nem a estatura, nem a liderança que Palocci tinha", afirmou Guerra. Para ele, o currículo da ministra não lhe confere "nem experiência na articulação política, nem experiência gerencial".

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


"(Gleisi) participou de um governo mal-sucedido no Mato Grosso do Sul, teve tarefa discreta numa prefeitura do interior do Paraná e depois foi diretora da Itaipu, uma empresa que praticamente não tem competidores", afirmou o tucano.

Leia mais:

Imagem de destaque
Transição

Gerson Guariente avalia que o Orçamento de 2025 será difícil de ser realizado por Tiago Amaral

Imagem de destaque
Água no chope do pobre

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 só ocorrerá com condições fiscais, dizem Lira e Pacheco

Imagem de destaque
Veja como participar

Código de Posturas será debatido em audiência pública na Câmara de Londrina

Imagem de destaque
Processo arquivado

Kassio rejeita notícia-crime de Boulos contra Tarcísio no TSE por fala sobre PCC


Filiada ao PT desde 1989, Hoffmann, de 45 anos, foi secretária estadual no Mato Grosso do Sul e secretária de Gestão Pública em Londrina (PR).

Publicidade


Em 2002, ela integrou a equipe de transição de governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi nomeada diretora financeira da hidrelétrica de Itaipu. À época, a atual presidente Dilma Rousseff ocupava o cargo de ministra de Minas e Energia.


Segundo Guerra, o afastamento de Palocci se deu com atraso. "Se ele não ia explicar razões, as causas do enriquecimento dele, não deveria ter ficado tanto tempo no cargo."

Publicidade


'Desgaste político'


Palocci deixou o posto na terça, três semanas após uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelar que seu patrimônio cresceu ao menos 20 vezes enquanto era deputado federal, entre 2006 e 2010.

Publicidade


Os ganhos, segundo Palocci, foram auferidos por sua empresa, a Projeto, por meio de consultorias na área econômica.


A oposição e alguns políticos aliados do governo, no entanto, vinham exigindo a saída do ministro, além de uma investigação para apurar se a evolução do patrimônio de Palocci configura enriquecimento ilícito.

Publicidade


Ao renunciar ao cargo, Palocci disse que "a continuidade do embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo".


Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a saída de Palocci "não sepulta o grande escândalo que foi protegido e blindado durante mais de 20 dias, produzindo enorme desgaste político ao governo".

Publicidade


Dias afirma que o PSDB insistirá para que o enriquecimento de Palocci seja investigado. "É preciso lembrar que a demissão não é uma sentença de absolvição", diz à BBC Brasil.


Para o senador, dificilmente a oposição conseguirá as assinaturas necessárias para aprovar a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Congresso, mas, ainda assim, deverá cobrar o Ministério Público para que apure as acusações contra o ministro.

Publicidade


"Embora ele agora seja um cidadão comum, a atuação dele vai além dessa esfera."


'Casa mal-assombrada'


Ainda que seja do Paraná, mesmo Estado de Gleisi, Dias não quis se pronunciar sobre a nova ministra.


"Por uma questão de ética, devo aguardar o desempenho dela", disse. "Não nos cabe analisar nome algum, mas sim desejar o bem e fiscalizar a atuação."


Dias lembrou crises anteriores na Casa Civil durante o governo Lula, como as que derrubaram os ex-ministros José Dirceu e Erenice Guerra, e disse esperar que o governo aja para que "a Casa Civil deixe de ser uma espécie de casa mal-assombrada".


Embora analistas atribuam a saída de Palocci, em grande medida, à falta de apoio ao ministro dentro do governo, o senador afirma que a oposição teve importância no processo.

"Sem a atuação da oposição, certamente não haveria alteração no governo. Ao cobrar esclarecimentos, a oposição cumpre seu papel e motiva a opinião pública".


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo