Por enquanto, o governo do Estado tem conseguido frear as investidas da bancada da oposição na Assembléia Legislativa em implantar as CPIs que pretendem investigar os contratos das o pedágio nas rodovias parananenses e supostas irregularidades na realização dos Jogos Mundiais da Natureza, em 1997, na Costa Oeste do Paraná. Até o momento, os cinco deputados do PSDB - que são os "fiéis da balança" para aprovação ou não do processo - vêm se mantendo obedientes ao Palácio Iguaçu, conseguindo emperrar o processo. Ontem, outra tentativa dos deputados da oposição em cooptar os tucanos acabou sendo frustrada. Uma nova reunião foi marcada para a próxima segunda-feira.
A indefinição do processo beneficia o governo de um desgaste maior. Afinal tanto o tema do pedágio, como o do Jogos Mundiais da Natureza, são polêmicos e afetam diretamente o alto escalão do governo. Na questão do pedágio, os deputados da oposição a abertura dos contratos e a verificação de que as claúsulas estariam sendo obedecidas. Também há interesse em que se faça estudos para saber se os preços nas cancelas não estão superfaturados. Dentro desses pedidos, informações sobre o atual reajuste, que entra em vigor em 1º de dezembro, também seriam coletados.
Com relação aos Jogos da Natureza, os deputados da oposição pedem informações a respeito dos valores gastos pelo governo do Paraná para a organização e execução dos Jogos da Natureza. Na época o governo divulgou que foram gastos R$ 40 milhões com o evento, e que a "maior parte" dos recursos veio da iniciativa privada. "Temos informações controversas que esses valores ultrapassam R$ 100 milhões", destaca o líder da oposição, Orlando Pessuti (PMDB).
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Os deputados também querem saber os valores gastos com a publicidade do evento; quem ordenou as despesas com a propaganda; quais as agências de publicidade contratadas para a divulgação dos Jogos, quanto elas receberam pelos serviços e quem são ou eram os seus donos. O pedido de informações também atinge o valor dispendido para os veículos de comunicação contratados para veicular essa propaganda.