O governo do Paraná reagiu às notícias de duas operações distintas envolvendo o ex-governador e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB) e parte do alto escalão de seu governo. Em manifestação oficial nesta terça-feira (11), a administração estadual recorda que a governadora Cida Borghetti (PP), ex-vice de Richa e candidata à reeleição para o Palácio do Iguaçu, "não participou de qualquer fato" alvo de apuração tanto da Operação Rádio Patrulha, do Ministério Público, quanto da Operação Piloto, da Lava Jato.
A nota ainda recorda que Cida "demitiu o ex-chefe de gabinete do Governo do Estado, Deonilson Roldo, e extinguiu a secretaria especial que era ocupada por Ezequeias Moreira". Também ressalta a criação da Divisão de Combate à Corrupção. No fim da nota, reforça que a governadora não admite desvio de conduta de funcionários e assessores do governo do Paraná.
DER
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Em outra manifestação oficial, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) ressalta que, "por determinação da governadora Cida Borghetti", está colaborando com as operações do Gaeco e Lava Jato.
A nota ainda recorda que a direção do órgão foi substituída em abril de 2018 e afirma que não tolera práticas de corrupção. "O órgão permanece à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos."
Ao final da manifestação oficial, o DER ressalta que o programa Patrulha do Campo, iniciado em março de 2013, foi encerrado em julho de 2015. Já o contrato com a concessionária Rota das Fronteiras para a concessão do Corredor da PR-323 foi rescindido em maio de 2017, sem qualquer ônus para o Estado".
A operação Rádio Patrulha, deflagrada nesta terça pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) apura fraudes em licitações que eram direcionadas para beneficiar empresários mediante pagamento de propinas, além de lavagem de dinheiro no programa estadual Patrulha do Campo. Já a 51ª fase da Lava Jato investiga direcionamento de licitação para obras na PR-323, no norte paranaense.