O Ministério de Minas e Energia está estudando a "flexibilização" do horário de verão e poderá deixar de adotá-lo em todo o país. Hoje, em Belo Horizonte, a ministra Dilma Rousseff afirmou: "Onde não for necessário, (o horário de verão) não será implantado. Onde for necessário, será definitivamente implantado".
Segundo ela, os estudos visam saber "qual o nível de segurança" que o sistema integrado de energia tem atualmente para operar sem o horário de verão. Dependendo dos resultados, o ministério decidirá quais regiões brasileiras poderão ficar sem o horário de verão.
Essa medida, segundo ela, envolve razões de segurança, de forma a aliviar a sobrecarga do sistema, já que, no verão, o consumo de energia é maior. Nos últimos anos, a medida foi adotada também como forma de economia de energia, o que representou cerca de 1,5% do consumo.
Rousseff disse que o horário de verão é uma medida "bastante impopular", mas às vezes é necessária.
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"O horário de verão dá um pouco mais de segurança. O que vamos ver é se é possível flexibilizar ou não essa segurança. Em tempos de apagão, é importante que as pessoas saibam as razões que algumas medidas, aparentemente bastante impopulares, são tomadas."
Como o país não corre risco de apagão ao menos nos próximos dois anos, conforme disse a ministra, o estudo está sendo feito. "Pretendemos fazer avaliação muito justa disso. Temos perfeita clareza das atribulações que o horário de verão causa."
Universalização
O ministério está reavaliando a resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre universalização de energia. Ou seja, levar a energia a todos os domicílios do país até 2008. A previsão para finalizar o plano era 2016.
Em 2004, ela afirma que serão atendidos 400 mil domicílios, com custo de R$ 1,32 bilhão. Em 2005, 500 mil, quantidade que se repetirá em 2006. Nos dois anos seguintes, a meta é atender mais 300 mil domicílios por ano.
O programa será anunciado no final de outubro pelo presidente Lula. Segundo a ministra, esse programa vai interagir com os programas sociais do governo de geração de emprego e transferência de renda. Disse que vai permitir o desenvolvimento das regiões beneficiadas.
Segundo a ministra, haverá recursos para o programa, que será realizado também em parceria com Estados e municípios. Todas as concessionárias de energia estarão "obrigadas a cumprir as metas", afirmou a ministra.
Informações Folha Online