O leilão da Copel está marcado para 31 de outubro e, de acordo com o orçamento, cerca de 70% do valor está direcionado para capitalizar o novo fundo de previdência do funcionalismo. O restante vai para investimentos nas área de educação, saúde e segurança.
Se a privatização for cancelada ou adiada, o líder do governo na Assembléia, deputado Durval Amaral (PFL), diz que o Estado terá de encaminhar ao Tribunal de Contas um comunicado sobre as receitas "não realizadas", além de justificar porque os recursos previstos deixaram de ser utilizados. "O que não pode é gastar por conta, sem ter dinheiro em caixa, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)."
Apesar das pressões contra a venda da Copel, Amaral diz que o processo de desestatização será mantido e os recursos empregados de acordo com o previsto no orçamento estadual deste ano. "Em se mantendo o cronograma, essa receita (R$ 3 bilhões) deverá ser gasta ainda este ano", disse Amaral. Caso contrário, o líder do governo observou que as virtuais sobras podem ser declaradas como "superávit de caixa" para serem gastas no próximo ano.
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Amaral diz que os recursos obtidos com a privatização da Copel "são imprescindíveis para prover o fundo de previdência". Cerca de R$ 100 milhões são direcionados por mês para abastecer a Paranaprevidência. "Com a privatização, poderemos desonerar o Estado, direcionando esses 100 milhões para o setor de investimentos."
O líder do governo admitiu que a oposição conseguiu gerar repercussão suficiente para complicar os planos governistas para o futuro da Copel. "A oposição, com competência, transformou a privatização numa bandeira eleitoral", afirmou. Mesmo diante da pressão de 120 mil pessoas que assinaram um documento contra a venda da Copel, o deputado declarou-se confiante de que os reflexos políticos da privatização serão dissipados antes das eleições. Profético, ele disse: "Todo o debate vai se esvaziar a partir do momento que a votação for feita."