O governo do Estado lançou nesta terça-feira, em Curitiba, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Paraná. Elaborado nos moldes do programa de mesmo nome lançado este ano pelo governo federal, o PAC estadual promete investimentos de R$ 18,2 bilhões nos quatro anos do segundo mandato do governador Roberto Requião (PMDB), que vai até o fim de 2010. Segundo o governo, o plano busca a diminuição de desigualdades sociais, investindo prioritariamente nas regiões menos desenvolvidas do Estado.
A apresentação do PAC do Paraná foi feita pelo secretário estadual do Planejamento, Ênio Verri, durante a reunião semanal do secretariado. Na verdade, o plano reúne uma série de obras e investimentos que vinham sendo previstos ou que já em execução.
Além disso, nos R$ 18,2 bilhões estão computados inclusive os gastos que, por obrigação prevista na Constituição Federal, devem ser aplicados em Educação, Saúde e Ensino Superior. As chamadas vinculações constitucionais inseridas no PAC estadual somam R$ 2,368 bilhões, ou cerca de 13% do total.
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Apesar disso, Verri afirma que o PAC não é apenas uma nova ''roupagem'' dada ao orçamento ou ao Plano Plurianual do Estado (PPA). ''Estamos tornando pública uma política que não é apenas a soma de números. Pensamos onde queremos chegar e elaboramos uma política de desenvolvimento para o Estado'', explica. ''Temos no Paraná regiões dinâmicas, competitivas, mas também temos regiões críticas, com baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) e que necessitam de investimentos.''
Para tentar diminuir as desigualdades, o governo dividiu o Estado em seis regiões, direcionando os investimentos de acordo com a demanda. A região classificada como Centro Expandido (que corta a região central do Paraná de sul a nordeste), composta por 121 municípios, aparece como prioridade. Nela estão algumas das cidades com menores IDHs do Brasil. Segundo o PAC, a região deve receber R$ 2,704 bilhões até 2010. Desse valor, R$ 951,6 milhões irão para a construção da usina hidrelétrica de Mauá.
A região Leste, vai receber o maior investimento: mais de R$ 4,4 bilhões. O valor é impulsionado pelos investimentos de R$ 942 milhões no Porto de Paranaguá.
A região Norte aparece como a terceira em volume de investimentos, com R$ 1,37 bilhão. A região Noroeste fica com R$ 950,8 milhões; a Oeste, com R$ 866 milhões; e Sudoeste, com R$ 481,2 milhões. O governo também prevê R$ 7,3 bilhões para o que chama de investimentos transversais, que atingem mais de uma região.
Segundo Verri, o governo tem total condições de bancar os projetos do PAC. ''É uma previsão séria, com propostas que podem ser realizadas, até porque trabalhamos com uma receita conservadora.''