O governo do Estado economizou de R$ 9 milhões com os onze dias corridos de férias coletivas compulsórias dos servidores públicos. O número, divulgado no último dia útil das férias pelo Palácio Iguaçu, ficou dentro da expectativa do governo de poupar entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões.
O resultado sentido nos cofres públicos animou o governo e a Secretaria da Administração já estuda a fixação de novas férias coletivas no final do ano, possivelmente entre o Natal e o Ano Novo, período em que a demanda por serviços é tradicionalmente mais baixa.
Cerca de 100 mil dos 132 mil funcionários na ativa foram atingidos pela medida, que teve como objetivo cortar gastos (água, luz, telefone, viagens, combustível, papel e demais despesas normais das pastas). O expediente normal recomeça nesta segunda-feira, dia 15.
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O governo anuncia que vai investir o valor economizado na implantação do novo plano de saúde dos servidores, que estão sem cobertura desde que o IPE (Instituto de Previdência do Estado) foi desativado. Mas os R$ 9 milhões serão capazes de cobrir apenas o início do processo de criação do plano de saúde, que precisaria de aproximadamente R$ 5 milhões mensais para ser viabilizado. O restante dos recursos deve vir principalmente da arrecadação de impostos.
As férias desagradaram os servidores, que reclamaram de ter perdido o poder de escolha do período de descanso. O governo rebateu alegando que 68 mil (dos 100 mil) já tinham férias programadas para janeiro e a medida era necessária para cortar despesas.
O secretário estadual da Administração, Ricardo Smijtink, disse que os onze dias serão descontados do período normal. As férias só serão pagas quando o funcionário completar os trinta dias a que têm direito. Ele acrescentou que o terço continuará sendo parcelado.
Leia mais em reportagem de Maria Duarte, na Folha do Paraná deste sábado